Funcionando como a Lei da Inércia, descrita por Isaac Newton, a qual afirma: “um corpo tende a permanecer em seu movimento até que uma força suficientemente forte atue sobre ele e mude o respectivo percurso”. Nessa conjuntura, o aumento dos assassinatos de jovens no Brasil é um infortúnio persistente. Com isso, ao invés de funcionar como a força suficientemente capaz de alterar o rumo desse problema, fatores educacionais acabam contribuindo com a situação atual na sociedade tupiniquim. Uma hodierna pesquisa publicada pelo Jornal Estadão revelou que 73% dos jovens assassinados participavam de alguma atividade educativa ou de profissionalização, mas abandonaram. Em vista disso, fica evidente a ineficiência parcial de alguns programas de socialização, em consequência de seu objetivo não alcançado. Ademais, deveriam inserir, adaptar e manter o jovem na cultura da sociedade na qual ele está inserido e fazer com que ele se sinta um membro dela. Consoante a isso, Sêneca, um dos mais célebres intelectuais do Império Romano alegou: “A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida”. Nesse contexto, um nupérrimo artigo publicado na Revista Brasileira de Ciências Sociais mostrou que a reincidência criminal no Brasil passa dos 70%. À vista disso, a educação é um espaço para promover a inserção do jovem no corpo social, afastando-o do mundo do crime. Sendo assim, não se pode tergiversar diante das circunstâncias apresentadas. Dessarte, o Governo, em sinergia com as prefeituras municipais, deve fazer o jovem vulnerável se sentir socialmente reconhecido e aceito. Para isso, é fulcral incentivar a frequência tanto escolar, quanto em projetos comunitários, onde perspectivas culturais, educacionais, profissionais, sociais e políticas possam ser desenvolvidas. Decerto, com a colaboração efetiva, Governo e prefeituras funcionarão como a força descrita por Newton e mudarão o itinerário desse problema que aflige o país, da persistência para a extinção.