A taxa de homicídio de jovens no Brasil teve um crescimento de 17,2% entre 2005 e 2015, segundo o Atlas da Violência, pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Essa situação é oriunda de certa negligência do Poder Público no que diz respeito à escassez de medidas profiláticas para combater tal realidade. Nessa perspectiva inerente aos homicídios, vale ressaltar que o défice na educação impulsiona mais jovens a entrarem na criminalidade, visto que nas escolas públicas o ensino é defasado por falta de professores e materiais, resultado no desinteresse dos alunos. Decerto, a taxa de abandono caiu para 6,6% em 2016 segundo o Observatório da Criança e do Adolescente, porém ainda há um número considerável de jovens desistindo da escola, e como a maioria vem de um lar desestruturado no qual não recebem apoio para permanecer estudando, optam por seguir o caminho tido como mais fácil, por não precisar de estudo, para obter dinheiro, no entanto o crime não compensa, dado que é perigoso e errado, e na maioria das vezes acaba em uma prisão. Nesse viés, o Governo precisa investir na educação pública com mais afinco, pois como dizia o poeta Victor Hugo, “ Quem abre uma escola fecha uma prisão”. Ademais, o consumo de drogas durante a juventude está alarmante, segundo o IBGE, mais da metade dos alunos do 9° ano já experimentaram ou tiveram contato com alguma droga. O uso de substancias alucinógenas proporcionam riscos à saúde, podendo resultar em problemas no coração, fígado e entre outros, além de gerar vícios que fazem com que o usuário realize ações prejudiciais e irreversíveis, como roubar e matar. Em vista disso, está clara a necessidade de uma intervenção estatal. Diante disso, urge que o Poder Público, por intermédio de uma reorganização financeira, disponibilize verba suficiente para investir em um ensino adequado para todos os brasileiros e financie campanhas midiáticas de longo alcance que alerte sobre as consequências do uso de drogas, com o fito de diminuir gradativamente o número de homicídios entre os jovens do país.