Na Grécia antiga, o grande pensador Platão acreditava que a integridade de um homem era proveniente da educação que ele recebia. Tristemente, no Brasil, os ideais do filósofo não são amplamente difundidos, tendo em vista que, devido à ineficácia do sistema educacional e péssima distribuição de renda, o crescimento de mortes entre jovens resulta num cenário desagradável. Nesse sentido, é cabe afirmar que o aumento de homicídios se dá principalmente pela ausência desses direitos. A princípio, convém ressaltar que a educação pública de qualidade no Brasil anda precária. por conseguinte, os adolescentes desistem de procurar uma escola e optam por adentar cada vez mais cedo no mundo das drogas, diante disso, contarem dívidas que muitas vezes são quitadas com a pena de morte. Assim, a violência interpessoal no ciclo juvenil torna-se um agravante de grande impacto. Da mesma maneira, a questão da desigualdade social que tangencia o país reverbera a problemática. Nessa conjuntura, os ideais defendidos pelo filósofo John Locke, de que o contrato social com o Estado existe para salvaguardar os direitos das pessoas, não são aplicados na sociedade brasileira. Por esse motivo, fica evidenciado que a juventude em falta desses benefícios acaba sem ter escolhas assertivas e a expectativa de vida torna-se ínfima. Fica nítido, portanto, que a ascensão de homicídios entre jovens brasileiros é um contratempo a ser sanado e medidas são imprescindíveis. Cabe ao Governo Federal a implementação de programas educacionais em escolas, ministrados por tutores capacitados na área, na qual exponham dados e estatísticas sobre o número de assassínios juvenis e, por meio de palestras elucidativas, debatam a respeito do tema com a exposição de peças teatrais e obras literárias, com o fito reeducar o público em questão e, mediante o recolhimento de impostos, investir em cursos preparatórios para inserir a juventude mais carente no mercado de trabalho. Dessa forma, o Brasil conseguirá ter a educação proferida por Platão.