O problema do aumento de homicídios de jovens brasileiros é multifatorial e envolve dois segmentos importantes, o governo e a sociedade. A ineficiência do Estado, no que diz respeito à assistência às periferias, e o crescimento demasiado da violência nesses locais evidenciam a ausência de políticas sociais gerenciados por esses setores, o que vulnerabiliza a juventude do país. Educação de qualidade, espaços para recreação e desenvolvimento de habilidades artísticas e profissionais são fundamentais para dar dignidade aos jovens. Os principais realizadores dessas atividades são o Estado e a sociedade. No entanto, é evidente que esses serviços públicos não chegam a todos os lugares, especialmente naqueles em que a vulnerabilidade social é maior. Como consequência disso, os cidadãos menores de 18 anos envolvem-se facilmente com a criminalidade, o que corrobora na elevação do índice de homicídios juvenis. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), O Brasil possui a 7ª maior taxa de assassinatos de jovens no mundo. O índice mostra a violência exagerada que permeia nesse segmento da sociedade. Hoje é comum milícias e traficantes comandarem as relações comerciais, sociais e políticas nas comunidades carentes. Dessa forma, o indivíduo não-adulto cresce num meio onde o crime é comum e atraente, influenciado pela baixa escolaridade, exclusão social e não inserção no mercado de trabalho. Logo, muitos deles morrerão em confrontos com armas de fogo. É notório que muitos cidadãos com menos de 30 anos morrem com frequência. Para amenizar essa realidade, é preciso a criação de políticas públicas específicas para esse setor, mediante a parcerias público-privadas, além do próprio Estado, por meio da educação, profissionalização e inserção no mercado de trabalho. Desse modo, eles viverão com dignidade, em vez de morrerem tristemente.