Título da redação:

Aprender e trabalhar para não matar

Tema de redação: O aumento de homicídios entre os jovens brasileiros e seus fatores motivadores

Redação enviada em 18/07/2018

Desde o iluminismo, compreende-se que o progresso é alcançado quando há mobilização coletiva da sociedade, em razão de um problema. Todavia, no que tange o aumento do número de homicídios entre os jovens brasileiros, constata-se, no Brasil, a desvalorização deste conceito. Porquanto tal temática está entrelaçada com a realidade do país, por intermédio da educação indigna, em consonância com a exígua oferta de emprego, ambas concedidas à juventude, as quais impulsionam o crescimento dos casos de violência urbana. Sob este viés, convém averiguarmos as principais consequências de tal postura negligente para o corpo social. Sabe-se que a Constituição cidadã de 1988 assegura o direito de acesso à educação a todos os cidadãos; não obstante, o Poder Executivo tarda em cumpri-lo na prática. Conforme Thomas Hobbes na obra “O Leviatã”, a autoridade política possui a incumbência de estabelecer não só a união, mas também a paz civil. Contudo, no Brasil, hodiernamente, este encargo encontra-se deturpado, haja vista que, o número dos jovens que abandonam os estudos é cada vez maior. Logo, muitos deles não enxergam no ensino vigente uma ponte para o desenvolvimento humano e consequente saída do mapa da desigualdade social. Outrossim, a escassa oferta de trabalho destinada aos mancebos integra a problemática abordada. Este empecilho decorre, atualmente, do despreparo da juventude, causado pela educação brasileira, para o mercado de trabalho. Assim, muitas pessoas, na faixa etária entre 15 e 29 anos, ingressam no mundo do crime (tráfico de drogas, assaltos, estelionatos...), buscando, às vezes, o suprimento para as suas necessidades básicas. Consoante o Atlas da Violência 2018, elaborado pelo Ipea e FBSP, o número de homicídios nesta faixa etária cresceu 7,1% durante os anos de 2015 e 2016, saltando de 389 para 409 mortes no período. É notório, portanto, que no Brasil ainda há carência de políticas públicas que visem a elucidação deste revés. Destarte, o Ministério de Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior (MDIC), deve forjar estratégias que incentivem as empresas de todos os portes a investirem mais na empregabilidade dos jovens, promovendo a equidade social do país. Por outro lado, o Ministério da Educação (MEC), deve aprimorar, nas instituições escolares, a qualidade do ensino, visando a bagagem de conhecimento, para que a juventude esteja preparada para o mercado de trabalho, a fim de que a sociedade alcance a concretude dos princípios morais, éticos e constitucionais.