O homicídio, sobretudo que ocorre na juventude, tem sido marcador da violência social no Brasil, embora pouco discutida sempre esteve presente principalmente nas metrópoles. A taxa de homicídio de adolescentes, de 15 à 29 anos cresce 17,2% de 2005 a 2015, segundo o Atlas da Violência, sendo a causa da metade das mortes dos jovens no país. Logo, a maioria dos jovens não tem acesso a benefícios sociais básicos, como educação, trabalho, saúde. Esse tipo de exclusão provoca contornos de violência. Prova disso é que os estados mais violentos não são os mais pobres, mas aqueles onde há maior concentração de renda e conflitos entre riqueza e pobreza. É notório o descrédito da população em relação às instituições públicas, cujos serviços prestados, principalmente à população de menor renda, carecem de qualidade. Essa situação é perceptível não somente na área da justiça, mas se estende à saúde e à educação, revelando o modo como o Estado vem historicamente atuando no país. Portanto, embora o Brasil tenha larga escala de homicídios e gere impactos severos na vida dos familiares, ainda são poucas iniciativas públicas voltada a esse público. Faz-se preciso a construção de estratégias governamentais para o acolhimento dessas famílias. A morte por homicídio quando acomete em grupos sociais, como jovens negros de periferia não sensibiliza a população nem aos governantes, a ponto de tomar providências para redução desse tipo de violência. Essas tragédias poderiam ser evitadas se o país investisse mais em educação, serviços de saúde e apoio social principalmente onde a situação de renda é menor.