A segunda fase da escola literária do romantismo é conhecida como geração byronista ou mal do século, onde o número de jovens que morriam por causa da deusa amada era algo vertiginoso. Atitude como essa era vista como sinônimo de exemplo a ser seguido, por isso essa corrente de pensamento era tão forte. Embora o tempo tenha passado, a lacuna entre os homicídios entre os jovens é algo que se perpetua até hoje. Em primeira análise, é crucial refletir sobre o quão importante é a família na formação pessoal, pois a falta de consolidação familiar é o que mais interfere significativamente na vida pessoa, caso o indivíduo não tenha relações sólidas com os responsáveis, esse está mais propenso a se envolver com drogas, bebidas e ocasionalmente o mundo do crime, como explica a psicóloga e professora da USP Paula Brusk, pois os pais tem por papel a função de instruir e resguardar o filho, tendo como objetivo de protege-los. De frente a isso, gera uma parcela de jovens exclusos não só da sociedade, como também do mercado de trabalho, uma vez que as empresas cobram cada vez mais qualificação profissional. Outro aspecto relevante é persistência da mídia em querer passar a imagem marginalizada dos jovens, como foi o caso das manifestações em 2013, onde a grande atenção ficou voltada somente para aqueles que cometiam vandalismo, esquecendo-se de repassar a realidade da luta liderada pelos jovens ativistas que buscavam o abaixamento das passagens de ônibus. Ademais, no início do século XX, na cidade do Rio de Janeiro, pessoas de grande maioria negras, que viviam nos cortiços da cidade, foram expulsos, passando a ocupar os subúrbios dando origem as primeiras favelas. As consequências dessa atitude são refletidas até hoje, pois a maioria dessas famílias eram pobres, sem instrução e estudo, ocasionando o fenômeno da segregação socioespacial. Isso se entrelaça fortemente com altos números de homicídios entre jovens negros, de acordo com uma pesquisa realizada pela Secretaria de Segurança Pública(SSP), cerca de 89% de jovens negros e de baixa renda já sofreram algum tipo de violência. Esse número mostra o quão forte é o abismo racial no Brasil. Sendo assim, pode-se dizer, portanto, que cabe ao MEC em parcerias com o Ministério da Saúde, a elaboração de um plano que possa incluir de forma obrigatória a inserção de psicólogos nas escolas, tendo como finalidade o objetivo de instruir os jovens e os pais sobre a problemática do homicídio, corroborando para que a família possa desenvolver seu papel de formação pessoal relevante aos filhos. O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária(CONAR), cabe a função de mostrar a missão relevante dos jovens diante de toda comunidade, não sendo sensacionalista, também cabe a finalidade de criar campanhas publicitárias para romper com o paradigma de que a população negra são pessoas de má fé, tornando a sociedade mais empática e livre de qualquer preconceito.