A educação é um fator importante para formar um cidadão ético, que exerça moralmente a cidadania. No entanto, é notório que, em regiões menos favorecidas, a fração educacional é frequentemente prejudicada, seja por fatores financeiros ou falha nas políticas públicas. Assim, o aumento na taxa de criminalidade por homicídio pode estar diretamente ligada aos lapsos com os jovens, que não estão sendo preparados e educados de forma que se integrem na sociedade. Nesse sentido, avaliar o número desses crimes e associar à urgência de criar programas educativos é fundamental para melhorar a segurança. Na história brasileira, o homicídio esteve presente no Cangaço que, destacado na região nordestina, teve como principal objetivo matar por vingança e justiça, os cangaceiros, vistos como bandidos na época, eram formados principalmente por jovens, um dos mais conhecidos era o Lampião que, aliado a um grupo de homens, cometia esse tipo crime em busca de revoltas pela falta de emprego, alimento e cidadania. Diante disso, pode-se considerar que, atualmente, desde outros contextos históricos, a relação precária, por parte da juventude, com o meio em que vive, pode estar atrelada a criminalidade, como sugere o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), cerca de 500 pessoas de 15 a 29 anos foram alvo do homicídio dentro do período de um ano. Dessa maneira, configurar as políticas públicas, de forma que vise diminuir essas taxas de morte, é um passo importante para a construção de uma cidadania menos violenta, principalmente entre os mais novos de idade. Além disso, o grupo musical Racionais Mc’s relata, por meio do Rap, a situação da violência entre os jovens periféricos do Brasil, na música “Homem na Estrada” é mencionado que um jovem foi morto por um fuzil na porta do colégio. Portanto, isso só comprova as estatísticas do Mapa da Violência (divulgado pelo jornal Correio Brasiliense), que apontam que os jovens da periferia são os que mais morrem no país. Dessa forma, a falta de recursos, que dinamizam a educação e segurança para essa população, abre margens para atos de criminalidade, uma vez que, nas regiões das periferias brasileiras, o número de mortes por homicídio é maior, pois a baixa qualidade de vida, educação e segurança pode contribuir para o aumento desse tipo de crime. Em suma, é imprescindível a elaboração de projetos políticos, voltados para a conscientização e inclusão de recursos básicos educacionais, para a juventude brasileira. Então, é interessante para o país que o Ministério da Educação selecione, junto com empresas cinematográficas, psicopedagogos e cientistas sociais, filmes e documentários históricos que mostrem, nas escolas, universidades, centros culturais e outros locais de fácil acesso para o público em questão, as estatísticas e desvantagens da criminalidade e os decorrentes fatores motivadores no Brasil, de modo que repensem, debatam e discutam sistematicamente, as perspectivas de vida nas periferias para com o alto índice de homicídio. Destarte, a população caminhará para a construção de uma nação mais atrelada com a educação e, consequentemente, um futuro menos violento.