Promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante o direito à saúde e ao bem-estar social. Conquanto, o aumento de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) entre os jovens brasileiros impede a efetivação desse direito na prática devido não só à negligência da parcela mais nova da sociedade como também ao fator educacional. Assim, hão de ser analisados tais fatores, a fim de que se possa liquidá-los de maneira eficaz. Em primeiro lugar, convém ressaltar a negligência dos jovens como um agente determinante para a permanência da problemática visto que, com o avanço da medicina, o tratamento de uma doença transmitida através de relação sexual foi facilitado por novos métodos e remédios, resultando na diminuição do sofrimento das pessoas que possuem o vírus. Todavia, esse avanço fez com que essas doenças fossem silenciadas, só tendo visibilidade quando uma pessoa famosa, como o músico Cazuza, tem a sua vida ceifada por ela. Com efeito, por não ter tanta repercurssão como antigamente, os jovens da sociedade atual ignoram os preservativos durante a troca de gametas e, sem se dar conta, se tornam mais um dos 29 mil casos (de acordo com a Secretaria da Saúde) de DST no Brasil. Desse modo, faz-se mister a reversão desse contexto putrefato. Ademais, é importante salientar que o dilema deriva, ainda, devido ao fator educacional. Nesse sentido, consoante o filósofo Kant: "O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele", é notório que o jovem negligência as doenças sexualmente transmissíveis por não ter muito conhecimento sobre elas através dos meios convencionais de aprendizado em que está inserido como escola, faculdade, eventos, palestras e outros. Em virtude disso, o jovem torna-se mais sucetível a desenvolver uma DST por, simplesmente, não ser lembrado esporadicamente de sua existência e dos modos de prevenção. Portanto, são necessárias medidas capazes de mitigar essa problemática. Depreende-se, dessa forma, a necessidade de combater o aumento doenças sexualmente transmissíveis entre a juventude do Brasil. Para tanto, urge que o Ministério da Educação crie uma nova disciplina para os alunos do Ensino Médio e Superior, por meio da alteração da base comum curricular, intitulada "Saúde Sexual", em que serão ensinados sobre DSTs e seu modo de prevenção, visando aumentar a visibilidade dessas doenças e prevenir que mais jovens sejam infectados através do ato sexual. Quem sabe assim, o real cumprimento da Declaração Universal dos Direitos Humanos deixe de ser uma utopia e se torne uma realidade no Brasil.