Cazuza, Renato Russo e Freddie Mercury. Essas foram grandes celebridades musicais que, acometidas pelo infortuno vírus do HIV, foram a óbito e serviram de alerta aos fãs da década de 80 sobre o perigo da contaminação. Hodiernamente, frente aos avanços da medicina e aos estigmas sociais, nota-se no Brasil um aumento de infectados por Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Diante disso, cabe avaliar os fatores que favorecem esse quadro. É pertinente elencar, de fato, que o progresso da medicina na eficiência dos métodos preventivos e no tratamento de DSTs são grandes ganhos da sociedade atual. Com isso, vê-se que a despreocupação e a invulnerabilidade, são sentimentos constantes dos jovens brasileiros que, por não temerem a morte por DSTs, negligenciam os métodos de prevenção. Tal fato é evidenciado ao perceber que 60% dos jovens não usaram preservativo em alguma relação sexual no último ano, segundo dados do Ministério da Saúde. Logo, vê-se a necessidade de renovar as estratégias publicitárias e educativas acerca dos riscos das DSTs. Faz-se mister, ainda, salientar o estigma social sobre a educação sexual como um impulsionador do impasse. Segundo o líder pacifista Mahatma Gandhi: "A saúde é resultado de nossos atos". Em vista disso, quando influenciadas pelo preconceito, a sociedade relaciona a contaminação por DSTs à promiscuidade. Com isso, nota-se pouca abertura para dialogar sobre a necessidade de incorporar hábitos sexuais saldáveis, como o uso de preservativos e a constância na realização de exames, levando os possíveis infectados ao constrangimento. Mediante os argumentos supracitados, medidas são necessárias para sanar o problema. Para tanto, o Ministério da Saúde, juntamente as instituições de ensino, deve promover palestras que exponham a necessidade de se prevenir as DSTs, por meio da parceria com profissionais da saúde que promovam uma abordagem eficiente com influência direta na alteração comportamental dos hábitos sexuais dos jovens a longo prazo. Destarte, espera-se obter uma juventude saldável que haja proporcionalmente aos avanços médicos da modernidade.