Com o advento da Revolução Técnico-Científico-Informacional e, concomitantemente, a globalização, o acesso à informação tornou-se acessível para grande parte da população mundial. Nesse sentido, embora, no século XXI, a disponibilidade às notícias e ao conhecimento seja vasto, ainda, no Brasil, os jovens têm práticas contraditórias quando o assunto é sexo. Sob esse aspecto, convém analisar as principais causas e possível medida de solução relacionada a esse impasse social. Em primeiro plano, é válido mencionar que o aumento de casos de doenças sexualmente transmissíveis entre os jovens brasileiros evidencia a cultura na qual o sexo é ainda visto como tabu através de um víeis educacional, no âmbito escolar e familiar. Em contrapartida, a mídia bombardeia sexo como entretenimento, sem uma lógica de responsabilidade. De acordo com o portal de notícias G1, mais de 80% dos jovens, no Brasil, possuem acesso à internet. Entretanto, o excesso de informação não está necessariamente relacionado à abundância de prevenção às DSTs. Além disso, devido aos avanços no combate ao HIV acabaram gerando uma repercussão negativa nesse público, uma vez que que deixou de ver a AIDS com temor e esqueceu que existem outras doenças sexuais graves. Outrossim, a redução de campanhas de conscientização quanto ao uso do preservativo figura-se como um dos principais motivadores desse contexto. Nessa perspectiva, segundo Zygmunt Bauman, sociólogo contemporâneo, algumas instituições – dentre elas, o Estado – deixaram de desempenhar o seu papel social e configuram-se como “instituições zumbis”, delegando à população a resolução dos seus problemas. Partindo dessa noção, o papel do Estado é fundamental para que o jovem entenda a importância de se prevenir. Infere-se, portanto, que a disseminação de doenças sexualmente transmissíveis entre o público juvenil é grave e exige uma participação das instituições de ensino. Sendo assim, as instituições público-privadas devem associar-se aos pais e à comunidade no sentido de ensinar a cada jovem sobre a importância do uso de preservativo durante as relações sexuais, através de palestras educativas e de uma discussão responsável e aberta sobre a temática, a fim de mitigar a incidência de DSTs.