Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O aumento de DSTs entre jovens brasileiros

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Redação enviada em 11/07/2019

É incontestável que a prevenção efetiva de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) colabora com o bem-estar social. Todavia, quando se observa o aumento dessas doenças entre jovens brasileiros, hodiernamente, nota-se que tal efetividade não é uma realidade no país, uma vez que a negligência do grupo em questão, somada ao preconceito de parte significativa da sociedade, tornou-se um empecilho para a superação desse problema. Em primeira análise, cabe pontuar que os avanços da medicina moderna são fatores relevantes que justificam as atitudes negligentes dos jovens em relação ao uso de preservativos, visto que, atualmente, os números de casos fatais relacionados às DSTs estão abaixo dos registrados em décadas atrás. Nesse contexto, é possível notar que parte da população não compreende a gravidade de tais doenças, fato esse que aumenta a frequência das relações sexuais sem proteção e, consequentemente, o número de infectados. No entanto, essas atitudes colocam em risco à saúde da coletividade, posto que, segundo a teoria da evolução de Darwin, os vírus e bactérias responsáveis pelas doenças, por meio de seleção natural, podem se tornar resistentes aos medicamentos utilizados para o seu combate, o que causaria impactos negativos à sociedade. Desse modo, observa-se que há a necessidade de se criar métodos efetivos para atenuar essa problemática. Ademais, convém frisar que, em razão de prejulgamentos sociais, os portadores de DSTs são vistos como pessoas promíscuas, haja vista que, em virtude de dogmas religiosos que fizeram parte da formação da cultura nacional, há uma vulgarização do ato sexual fora de uma união matrimonial e tais doenças, geralmente, estão relacionadas às relações sexuais casuais. Conquanto, esse preconceito intensifica o problema em questão, já que os jovens sentem-se inseguros para realizarem exames de diagnóstico após praticarem sexo sem preservativo. Uma prova disso está em dados da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), em que é possível observar que 74,8% dos jovens entrevistados com vida sexual ativa nunca fizeram um exame de HIV. Dessa forma, percebe-se que há a indispensabilidade de se buscar meios para combater esse impasse. Destarte, indubitavelmente, medidas são necessárias para mitigar esse problema. Para isso, é imprescindível que o Ministério da Saúde, em conjunto com o Ministério da Educação, crie campanhas que visem mostrar aos jovens os riscos da prática sexual sem o uso de preservativo e, também, orientar à procura de uma unidade de saúde mais próxima para aqueles que fazem sexo sem proteção, com o objetivo de direcioná-las às escolas de todo o país, por intermédio de palestras ministradas por médicos especialistas e debates periódicos entre alunos e professores sobre o tema em questão, com o propósito de que o tecido social, enfim, quebre tabus que prejudicam sua qualidade de vida e não sofra as consequências de atitudes negligentes, para que, assim, possa alcançar o bem-estar advindo da prevenção efetiva desse mal.