A Peste Negra, doença que, em meado do século XIV, matou mais crianças e idosos, juntos, do que quase todo o período de mil anos da idade média, confirmou a precariedade da saúde mundial naquela época. Desse modo, análogo a essa problemática, no Brasil, o alto índice de mortalidade infantil, atualmente, denota a falta de investimento em políticas de saúde pública local. Assim, convém analisar as causas, consequências e possível soluções para esse embate. Hospitais superlotados, falta de profissionais nos postos de trabalhos, falta de saneamento básico e o déficit educacional do país são problemas que refletem diretamente no crescente número de doenças, até mesmo, as já erradicadas, que reaparecem atingindo, principalmente, crianças que evoluem para o óbito. Assim, é perceptível que a ausência de tais cuidados contribui para a problemática em questão, ao passo que países com alto investimento em saúde e educação possuem baixos índices de morte infantil como é o caso do Japão e da Noruega. Ademais, a Carta Magna brasileira de 1988, em seu artigo quinto, afirma que a saúde e um direito de todos e dever do Estado. Porém, dados estatísticos atuais ratificam a falha do governo no setor da saúde e educação. Desse modo, segundo a revista Carta Capital, a mortalidade entre crianças aumentou de 5% no país em 2016 e já era esperado outro aumento para 2017, que também aconteceu, levando a taxa para 14 mortos ao ano, preocupando a população, haja vista desde 1960 só ter havido decréscimo de óbitos infantil. Destarte, parafraseando Drummond, para que se retire as pedras do meio do caminho, medidas eficientes são necessárias. Portanto, cabe ao Ministério da Saúde em parceria com as Secretarias de Saúdes promoverem uma política de combate a morte de crianças, por meio de reestruturação de hospitais, combate a doenças e promoção de educação em saúde, com a finalidade de reduzir óbitos e aumentar a sobrevida. Dessa maneira, poder-se-á solucionar o caso a médio e longo prazo.