Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O aumento da mortalidade infantil e seus fatores motivadores

Redação enviada em 30/04/2019

O Brasil, embora seja uma das dez maiores economias mundiais, encontra-se na centésima décima posição do ranking da mortalidade infantil. Nesse prisma, é primordial que sejam discutidos os fatores motivadores do aumento da mortalidade infantil, exposto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ocorrido no ano de 2016. Primeiramente, destaca-se que um dos propulsores do crescimento da mortalidade infantil é a falta de saneamento básico. No Brasil, segundo dados do IBGE, pouco mais de 50% da população tem acesso a serviços de coleta e tratamento de esgoto, o que, por conseguinte, propicia a proliferação do Zika vírus, o qual foi, no ano de 2016, um dos maiores causadores de mortes em crianças de zero a um ano de idade, devido às complicações no parto e em razão de o vírus causar a microcefalia nos bebês. Desse modo, para minorar as taxas da mortalidade infantil, deve haver um maior investimento no saneamento básico a fim de evitar a transmissão de doenças veiculadas pela água. Afinal, tal medida contribuirá com a melhoria da qualidade de vida da população e ainda pode ser considerada um investimento, haja vista que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada um real investido em saneamento quatro reais são economizados na saúde. Ademais, outros fatores de suma importância que devem ser avaliados são a falta de informações (dos cuidados desde a gestação até os dois anos de idade do bebê) e a má distribuição de renda. De fato, a falta de esclarecimentos dos cuidados como a realização do pré-natal, a vacinação e as ações de prevenção foram causadores de mais de 63 mil mortes de crianças menores de um ano de idade nos anos de 2000 a 2002, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Além disso, tendo em vista os dados do IBGE que demonstraram que 15,2 milhões dos brasileiros encontravam-se abaixo da linha da extrema pobreza no ano de 2017, não é crível que as taxas de mortalidade infantil serão diminuídas apenas com a instrução dos pais, sendo necessária também uma melhor distribuição de renda, permitindo uma melhor qualidade de vida para as crianças. Dessarte, é evidente que a mortalidade infantil, no Brasil, teve um aumento no ano de 2016 por motivos que poderiam ter sido evitados. Por isso, com o fito de diminuir as taxas de mortalidade infantil no Brasil, faz-se mister que os Ministério da Saúde e o da Família e dos Direitos Humanos criem um grupo de acompanhamento familiar (composto por médicos, dentistas, enfermeiros e psicólogos) com a intenção de acompanhar as gestantes durante a gravidez, bem como passar instruções sobre os cuidados com o bebê após o nascimento, para um melhor cuidado dos pais para com a criança. Outrossim, o Governo Federal deve manter o Bolsa Família para as pessoas que realmente necessitam e, se possível, melhorar os valores do benefício com o intento de retirar as crianças brasileiras da linha da extrema pobreza. Assim, com a implementação dessas ações, o Brasil será um país de destaque não apenas na economia, mas também na qualidade de vida das crianças brasileiras.