A Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada pela ONU em 1948, garante que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Conquanto, quando se observa o aumento da mortalidade infantil, hodiernamente, nota-se que a ausência de equidade entre as nações mundiais colabora com a supressão de direitos básicos para a dignidade humana, como o direito à saúde. Nesse sentido, convém analisar as causas e consequências de tal problemática para a sociedade. Em primeira análise, cabe pontuar que as disparidades socioeconômicas existentes entre as nações mundiais são alguns dos principais fatores que colaboram com o problema em questão, visto que as maiores taxas de mortalidade infantil são encontradas em países não desenvolvidos ou em desenvolvimento. Comprova-se isso por meio de dados da revista Carta Capital, em que é possível notar que a taxa de mortalidade infantil é inversamente proporcional ao desenvolvimento do país, ou seja, quanto mais desenvolvido, menor será a taxa apresentada. Sendo assim, vê-se que tal problemática possui raízes históricas e que há a necessidade de se criar meios para atenuá-la. Ademais, convém frisar que o descaso governamental é um fator crucial para a persistência do problema, haja vista que a não garantia de direitos sociais básicos, como saúde e alimentação de qualidade, impulsiona o crescimento da mortalidade infantil. Consoante o pensamento do filósofo contratualista John Locke, de que o Estado deve agir como órgão controlador que mantenha a harmonia dentro de uma nação, nota-se que a ineficiência governamental, principalmente em países mais pobres, dificulta a aquisição de tal harmonia. Dessa forma, é notória a necessidade de criação e ampliação de políticas públicas que amenizem esse problema. Destarte, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse impasse. É imprescindível que os Governos de países que apresentam aumento na taxa de mortalidade infantil invistam na melhoria e na criação de hospitais e postos de saúde que atendam os mais necessitados e, também, coloquem em prática políticas públicas que visem auxiliar economicamente as populações mais afetadas, para que, assim, ocorra uma melhoria na qualidade de vida daqueles que, hoje, encontram-se à margem da sociedade. Além disso, é essencial que as escolas promovam palestras, debates e trabalhos, com participação de pais e familiares, com o intuito de esclarecer a população sobre as causas e consequências da mortalidade infantil, com o propósito de que o tecido social, enfim, faça valer os seus direitos previstos na Declaração Universal dos Direitos Humanos.