Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O aumento da mortalidade infantil e seus fatores motivadores

Redação enviada em 04/01/2019

Diferente do que está contido no artigo 227 da Constituição Federal brasileira, é notável que os direitos à saúde, alimentação e, principalmente, à vida não estão sendo usufruídos plenamente pelos adolescentes. Nesse sentido, apesar das conquistas advindas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é lamentável saber que, no contexto atual, os índices de mortalidade infantil têm aumentado gradativamente no cenário brasileiro. Logo, reverter esse infortúnio, no país, envolve fatores como a displicência familiar e a negligência estatal frente a essa temática. Primeiramente, pode-se afirmar que as situações vivenciadas pelos menores no interior dos seus lares refletem diretamente no seu destino de vida. Relativo a isso, de acordo com o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), cerca de 70% das crianças que se encontram em situação de rua afirmaram que os conflitos no ambiente doméstico é um dos principais motivos que ocasionam a sua saída de casa. Por consequência, longe da sua habitação e sem a proteção de um maior, eles ficam a mercê da fome, da violência urbana e de doenças, problemas esses que resultam em milhares de óbitos ao longo do ano, destacando-se os mais jovens. Por isso, é fundamental que os responsáveis desses indivíduos fiquem cientes da importância dos seus laços fraternais com esse grupo, haja vista que a sua inobservância para com ele pode resultar na elevação dessa mortandade. Além disso, sabendo-se que o crescimento no número de mortos dessa turma é alarmante, seria sensato que o Poder público promovesse e executasse medidas para a sua solução, não é o que ocorre. Sobre isso, o próprio ECA afirma que, assim como a família e a sociedade, o Estado é um dos agentes que devem zelar e resguardar os direitos desse grupo, garantido o seu direito à vida. No entanto, é indubitável que a ausência de políticas públicas que visem a retirada deles das ruas e que evitem, posteriormente, a sua falência precoce, bem como as dificuldades impostas por um sistema de saúde falho e, muitas vezes, ineficaz, são imbróglios que motivam esse quadro. Sendo assim, diante dos argumentos supracitados, faz-se preciso reconhecer e trabalhar medidas que alterem, gradualmente, essa situação de modo positivo. Para tanto, é necessário que haja um empenho tanto dos pais quanto do Governo Federal, cada um com suas respectivas funções. Aos primeiros, fica a responsabilidade de auxiliar no desenvolvimento e bem-estar desses infantis, essa atitude deve ser realizada por meio da inserção e acompanhamento no ambiente educacional, com o intuito de evitar situações que provoquem a sua fuga indesejável. Ademais, cabe ao Governo criar um sistema de retirada desses menores das ruas, assim como fornecer investimentos aos abrigos e instituições que cuidem das suas necessidades básicas, objetivando direcioná-los à locais seguros e que os protejam dos obstáculos que culminam no seu perecimento.