Ao analisar o tema da gravidez na adolescência, vê-se que ela se tornou um problema no Brasil. Dessa maneira, observa-se que nos últimos anos o número de adolescentes grávidas tenham aumentado drasticamente. Assim sendo, conclui-se que a não utilização dos métodos contraceptivos como preservativos e anticoncepcionais, têm se tornado menos frequente entre os jovens, acarretando em possíveis problemas como gravidez indesejada, abandono parental, morte materna e evasão escolar. Segundo o jornal Folha de São Paulo, em um estudo realizado em agosto de 2015, estima-se que cerca de 7,3 milhões de garotas com faixa etária entre 15 e 20 anos de idade se tornam mães a cada ano ao redor do mundo. Outrossim, de acordo com os dados, o Brasil possui uma média de 62,4 bebês nascidos a cada mil jovens em idade reprodutiva. Dessa forma, pode-se concluir que a elevada taxa de recém-nascidos se deve ao fato de que o sexo ainda hoje é considerado um tabu na sociedade brasileira, ou seja, ao iniciar a vida sexual, os indivíduos não possuem informações necessárias sobre os possíveis riscos de contraírem doenças sexualmente transmissíveis e uma eventual gravidez indesejada. Além disso, outro fator que dialoga com essa triste realidade refere-se ao sexismo institucionalizado e ao abuso de crianças e meninas-noivas que, por razões econômicas, são obrigadas a se casarem com homens mais velhos. Essa prática tornou-se comum em países do sudeste asiático como Afeganistão e Vietnã e, menos frequente, em comunidades indígenas no Brasil. Com isso, a falta de fiscalização de órgãos governamentais, somado às tradições culturais na qual essas garotas estão inseridas, além de prejudicar a formação cidadã, corrompem ainda mais a infância dessas meninas , pois elas são retiradas muito cedo do seio familiar para constituírem sua própria família. Destarte, para que seja possível minimizar o excesso de casos relacionados à gravidez indesejada, é preciso que o Ministério da Educação faça um trabalho abrangente de conscientização social. Isso pode ser feito por meio de palestras e atividades sociopedagógicas em conjunto com profissionais da área da saúde e educação. Ademais, é dever do Ministério da Saúde, por intermédio de consultas médicas disponibilizadas pelo SUS , acompanhar todo o pré-natal da gestante, a fim de manter a integridade das condições de saúde da mãe e do bebê, visto que só assim a problemática será atenuada, e a influência desses dados será minimizada.