O Brasil cumpriu a meta de diminuir a mortalidade infantil presente na lista das Metas do Milênio da ONU. Porém, após 26 anos de queda, houve um crescimento em 2016. Esse fato relaciona-se com a crise econômica brasileira, como também desvela o descaso governamental com corte de verbas e infraestrutura pública precária. A priori, o crescimento da mortalidade infantil está relacionado com a crise econômica enfrentada pelo Brasil. Isso, pois com essa crise aumentou-se o número de desempregos e subempregos, diminuindo a qualidade de vida da população. Segundo a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), a mortalidade infantil é um indicador sensível das condições socioeconômicas do país. Assim, se a gestante estiver submetida à condições insalubres de trabalho, ou não se alimentar adequadamente por falta de condições financeiras, as chances de o bebê carecer de saúde e perecer são maiores, justificando o peso da crise na qualidade gestacional. Ademais, o corte nos gastos públicos é um fator determinante no aumento da mortalidade infantil. É fato que corte de verbas, como no fortalecimento do SUS, diminui a área de atuação do Sistema da Saúde e exclui parte da população de necessita de auxílio durante e após o parto. Para mais, o aporte deficiente da infraestrutura pública é o berço de muitas doenças que atingem os recém-nascidos. Prova disso é a quantidade de mortes pós-neonatal as quais estão diretamente relacionadas com o meio em que o bebê se encontra e são causadas principalmente por contração de doenças transmitidas pelas fezes, segundo a Organização Mundial da Saúde. Isso mostra o déficit de saneamento básico que o Brasil possui, intrinsecamente ligado à mortalidade infantil. Fica claro, portanto, que a mortalidade infantil é um problema no Brasil. Por isso, urge que a pasta do Planejamento inclua orçamentos para aumentar a área de atuação do SUS e libere fundos para o desenvolvimento do saneamento básico a fim de garantir uma gestação saudável, como alimentação e bem-estar à gestante, além de condições habitacionais livres de doenças para que ocorra diminuição da mortalidade infantil e essa meta continue sendo cumprida.