A Constituição de 1988 afirma que o acesso a saúde é um direito de todos. Entretanto, a alta nos índices de mortalidade infantil brasileira evidencia que esse benefício não está sendo garantido, isso denota da precariedade dos hospitais e do baixo acesso ao saneamento básico. Assim, convém analisar as causas, consequências e possível soluções para esse embate. A priori, nota-se que desde 1990 o brasil apresentava uma baixa nos índices de mortalidade até a alta de 2016, segundo dados do Ministério da Saúde, portanto, convém analisar a infraestrutura dos hospitais para esse agravante. Nesse viés, observa-se que esse problema na saúde brasileira apresentou uma interligação a crise econômica no país, que começou em meados de 2015. O problema financeiro corroborou para o corte de investimentos em diversos setores, como a saúde, o que causou a falta de medicamentos, leitos e até médicos. Assim, muitas mulheres grávidas que são carentes financeiramente, não tiveram o devido atendimento durante a gestação. Ademais, a Unicef, fundo das nações unidas para a infância, apresenta índices de que há ligação entre a queda da mortalidade infantil ao aumento de saneamento básico. Desse modo, percebe-se que o fator socioeconômico é relevante nessa adversidade, afinal, se vê que as regiões pobres são as mais afetadas pela falta de saneamento básico, o que provoca a contaminação de água e alimentos, podendo causar doenças como dengue, febre amarela e poliomielite. Logo, as medidas para diminuir os índices de mortalidade infantil devem ser repensadas. Diante do exposto, são necessárias ações para combater a problemática. Cabe ao Ministério da Saúde identificar os locais mais carentes de saneamento básico no Brasil e destinar recursos imediatos a esse local para evitar a mortalidade naquela região, assim como outras doenças causadas por essa entrave. Outrossim, o Governo deve retirar recursos dos jogos da Caixa Econômica Federal para os hospitais mais carentes, investindo primordialmente no atendimento as gestantes, para terem sua gravidez monitorada para que caso ocorra algum indício de doença seja rapidamente tratada, assim reduzirá os óbitos e aumentará a sobrevida. Por consequência, o direito a saúde de todos será assegurado.