Durante a era Dourada, quando o gênero humano era límpido e perpétuo, e harmonia reinava sobre todos os seres vivos, Pandora abriu o "presente" de Zeus -caixa da qual saíram todas as mazelas sociais do mundo atual, como a fome e a doença. Entretanto, contrariando a mitologia grega, a existência de problemas como a mortalidade infantil não é obra da caixa de Pandora, mas, sim, do sucateamento das leis aliado à inobservância profissional no âmbito salutar. Sob a perspectiva filosófica dos de São Tomás de Aquino, todos os indivíduos de uma sociedade democrática possuem a mesma importância, além dos mesmos direitos e deveres. Antagônico ao pensamento escolástico, as normas legais que garantem essa isonomia encontram-se em decadência, tal como a Declaração dos Direitos Humanos cuja redação afirma que todas as pessoas têm o direito à vida. Corroborando isso, segundo portal G1, de 2016 para 2017 a taxa de mortalidade infantil cresceu em 10%, banalizando, assim, a teoria do pensador, uma vez que, lamentavelmente, a aplicabilidade das leis que garantem esse direito no Brasil é falha. Outrossim, mesmo que houve um decréscimo desde 1960, é inadmissível que é mortalidade infantil encontre-se em patamares tão altos: 14 crianças em cada mil nascimentos morrem em até 1 ano de idade. Em sua maioria, ainda segundo o G1, esse número é devido ao negligenciamento médico ao Pré-Natal, procedimento que mostra os possíveis problemas de formação nos bebês, possibilitando uma medida de prevenção. Portanto, em um país onde a medicina conta com diversos recursos tecnológicos para combater doenças, é infundada atuação reduzida da classe médica para combater a mortalidade infantil. Destarte, Uma vez que as leis que regem esse problema já estão estabelecidas do Brasil, faz-se necessário mecanismos para torná-las efetivas. Assim sendo, é imperativo que a sociedade, assistida pela mídia -incentivadora da criticidade-, dissemine em campanha de apelo aos profissionais da saúde por meio de hashtags nas redes sociais, comerciais midiáticos nos canais de TV aberta e na internet, para que a classe médica mobilize-se a fim de dar a devida atenção a essa causa urgente e ao pré-natal, mantendo, assim, a vida.