A Constituição Brasileira de 1988 reconhece a saúde como direito de todos e dever do Estado assegurá-la. Entretanto, no contexto vigente, o aumento da mortalidade infantil, no país, denota que esse benefício não é garantido, isso ocorre em virtude da deficiência no sistema hospitalar e da ausência de saneamento básico em várias regiões brasileiras. Em primeiro plano, vê-se que a infraestrutura precária de muitos hospitais contribui para essa situação. Nesse viés, percebe-se que, na contemporaneidade, a crise econômica fez com que o Estado cortasse gastos públicos, os quais afetaram a saúde, à medida que faltam medicamentos, leitos e, em alguns casos, até profissionais nos hospitais. Assim, muitas mulheres não têm acompanhamento durante e após a gravidez, o que torna os bebês susceptíveis a adquirir doenças quando entram em contato com o mundo externo. Dessa maneira, nota-se que o Estado se comporta como uma “Instituição Zumbi”, segundo Zygmunt Bauman, à proporção que não cumpre sua função social de garantir esse direito fundamental. Por outro lado, a pobreza, em algumas ocasiões, também propicia em um maior número de óbitos nessa faixa etária. Nesse âmbito, vê-se que as regiões pobres são as mais afetadas com a falta de saneamento básico, o que provoca a contaminação da água e alimentos que podem causar doenças como hepatite A, cólera e diarreia. Essa última, segundo dados do Ministério da Saúde, colaborou com o acréscimo no índice dessas mortes, entre 2015 e 2016, em virtude de desencadear a desidratação de alguns bebês. Logo, medidas para evitar essa mortalidade devem ser repensadas. Fica evidente, portanto, que, para combater isso, é preciso que o Ministério da Saúde, em parceria com o Poder Legislativo, crie uma lei que taxe um valor plausível para ser destinado aos serviços de saúde, conforme suas necessidades, a fim de melhorar a infraestrutura dos hospitais e o acesso da população a esse recurso. Além disso, o quarto deve intensificar as campanhas sobre o perigo da falta de saneamento, por meio de panfletos que contenham informações sobre as doenças ocasionadas dessa escassez, com o objetivo de instigar a população a reivindicar essa medida ao Estado. Só assim, o direito à saúde de todos será assegurado.