Promulgada em 1988, a conhecida “Constituição Cidadã” garante a todos os indivíduos o direito a saúde e a uma vida digna. Todavia, o aumento da mortalidade infantil demonstra que parte da população não usufrui de tais direitos constitucionais na realidade. Diante desse aspecto, há obstáculos que devem ser combatidos veementemente para que uma sociedade próspera seja lograda. No que tange os problemas relacionados à saúde, a falta de saneamento básico é um dos principais responsáveis. Atualmente, o Brasil sendo uma das 10 maiores economias do mundo faz acreditar que possuímos um sistema de saneamento compatível com seu poder econômico. Entretanto, o que apresenta, na verdade, é um sistema ineficaz e o fruto dessa discrepância é a colaboração para manter e aumentar a taxa de mortalidade infantil alta em relação a outros países. Segundo o Instituto Trata Brasil em 2016, aproximadamente, 50% das residências brasileiras possuíam coleta de esgoto, o que coloca grande parte da população, em principal as mais pobres, correndo risco de contrair doenças derivadas do contato com o esgoto. Essa realidade é prejudicial, acima de tudo, para as crianças, principalmente aquelas que não estão vacinadas. Além disso, cabível enfatizar que a cobertura de vacinação entre as crianças caíram ao longo desses últimos três anos, como no caso da tetra viral que chegou a 70% de cobertura, onde o indicado são 95% de cobertura. Essa queda é devido, entre outros fatores, a disseminação de fake news — notícias falsas — que levam os pais acreditarem que vacinas fazem mal, colocando a vida de seus filhos em risco não os vacinando. Defronte dessa conjuntura, é vil que boatos prejudiciais se esparramem pelas redes sociais, aproveitando da ignorância das pessoas e podendo ocasionar a morte de crianças. Urge, portanto, a necessidade de medidas incisivas pelo Estado. Cabe a Agência Nacional de Águas (ANA), em conjunto com as prefeituras, implementar sistemas de saneamento básico em locais com altos índices de precariedade sanitária. Não obstante, o Ministério da Saúde devem capacitar agentes públicos, por meio de cursos aplicados por profissionais da saúde, onde eles irão às zonas com altas taxas de mortalidade infantil desmitificando os boatos sobre vacina com o fito de esclarecer o morador da importância da vacinação infantil. Com essas medidas, caminharemos para alcançar um dos objetivos fundamentais da nossa república, que é construir uma sociedade livre, justa e solidaria.