Título da redação:

A falta de diálogo dos pais aliado ao descaso público para a mortalidade infantil.

Tema de redação: O aumento da mortalidade infantil e seus fatores motivadores

Redação enviada em 21/10/2018

Embora o tema de sexo seja frequente nas rodas de conversas entre amigos e programas de televisão, no meio da convivência familiar esse assunto ainda é tratado como tabu. Em consequência disso, tais fatores podem funcionar como ferramenta impulsionadora para a gravidez indesejável na adolescência, que por falta de instrução e estímulos governamentais corroboram para o aumento da mortalidade infantil. Deve-se pontuar, de início, o quão prejudicial é a gravidez não planejada. Em primeira análise, é de fundamental importância se colocar no lugar do adolescente, esse, na maioria das vezes com medo das reações dos pais optam por contar da gravidez muito tardio, retardando, assim, os primeiros cuidados paliativos que auxiliam para uma boa gestação, que é o pré-natal. Segundo a Organização Mundia da Saúde(OMS), os primeiros meses de gestação não podem ser ignorados, uma vez que é a partir de exames e consultas específicas que se pode detectar/ barrar possíveis doenças, exemplo disso é a anemia ocasionada pela deficiência da vitamina-B, que propicia para o aborto espontâneo ou, caso a criança venha nascer poderá apresentar complicações na formação da medula espinhal acarretando em morte prematura. Desse modo, devido a falta de assistência no início da gestação tanto a saúde da criança como a da mãe são postas em risco, visto que houve falta de cuidados necessários para uma gestação adequada. Por conseguinte,no ano de 2017, a Assembléia Legislativa dos governantes aprovou à medida da Proposta de Emenda Constitucional, PEC-241, que limita os gastos públicos voltados para setores básicos como saúde durante 20 anos. A partir de então, é notório que essa medida além de impulsionar para desvalorização da saúde pública juntamente com os profissionais, contribui para o sucateamento do SUS, uma vez que a saúde sofre há décadas por problemas de infraestrutura e descasos de repasse de verbas. Ademais, de acordo com o Conselho Federal de Medicina, o Brasil é um dos países da America do Sul com os menores índices de pediatras, como se não bastece, os poucos profissionais dessa área estão localizados na região sul, funcionando, dessa forma, como parâmetro que contribui para a mortalidade infantil. Sendo assim, pode-se dizer, portanto, que é de total relevância que os governantes priorizem a vida do bebê desde os primeiros meses de vida para que venha evitar a morte infantil. Por isso, o Ministério da Saúde em parceria com as secretarias estaduais deve fazer um mapeamento das cidades interioranas do Norte e Nordeste que possuem curso de medicina e destinar programas de residência médica na área de pediatria, tendo a finalidade de formar profissionais adequados para atender a população. Às escolas tanto públicas como privadas por intermédio do Ministério da Educação possa estabelecer educação sexual, a fim esclarecer possíveis dúvidas. Aos finais de semana, pais, alunos e professores dialoguem sobre a importância do uso de preservativos, para que, assim, possa evitar doenças sexuais e gravidez não planejada.