Em meados do século XIX, o sociólogo Karl Marx influenciou a Teoria Demográfica Reformista, cujo princípio é até hoje aceito: "O acesso à saúde, educação e cidadania influem na expectativa de vida da população". Tendo isso em vista, quando se observa a deficiência na garantia desses direitos à população idosa na contemporaneidade do Brasil, percebe-se que o país está tendente a um futuro retrocesso social e político. Nesse sentido, é preciso compreender as principais causas para solucionar o problema. A princípio, é possível inferir que a problemática está relacionada a uma sociedade desestruturada. Isso se deve ao fato de persistir uma elevada desigualdade social no Brasil e, portanto, pouco investimento na educação e saúde nas áreas mais vulneráveis da sociedade. Tal conjuntura é ainda intensificada na camada dos idosos existentes no país, uma vez que o envelhecimento deveria ser um ciclo prazeroso e, para isso, seria necessário saúde e cidadania, porém na prática ainda é um desafio atingir tal conceito. Além disso, é cabível enfatizar que essa situação é corroborada por fatores socioculturais. Ao longo dos anos, o envelhecimento é visto como sinônimo de "proximidade da morte" e, portanto, desnecessário demasiados investimentos. Bom exemplo disso é a quantidade de idosos que ainda não recebem aposentadoria, tornando-os vítimas do descaso social. Sendo assim, é indispensável a adoção de medidas capazes de assegurar o bem estar dos idosos no Brasil. Posto isso, cabe ao Governo Federal assegurar-lhes seus devidos direitos contidos no Estatuto do Idoso, investindo no SUS (Sistema Único de Saúde) e ampliando áreas de lazer seguras a esse grupo; além disso, aplicar campanhas publicitárias de abrangência nacional referente ao respeito que se deve ter com os idosos no transporte público, garantindo sempre seus assentos a qualquer momento. Ademais, a polícia civil deve criar uma ouvidoria voltada aos maus tratos com esse grupo, de modo a incentivar o aumento da expectativa de vida no Brasil com qualidade.