“O importante não é apenas viver, mas viver bem”. Esse fragmento do filósofo e matemático Platão pode ser usado para propor uma reflexão acerca da qualidade de vida dos idosos e seus desafios no Brasil, parcela da sociedade que vem aumentando a expectativa de vida no país. Atualmente, cerca de 12% da população brasileira é composta por pessoas com mais de 60 anos. Isso implica maiores investimentos nos setores públicos de saúde e entretenimento para que os aposentados possam ter os devidos cuidados e meios de diversão, já que o tempo deve ser melhor aproveitado nessa época da vida. Contudo, o desenvolvimento desses projetos no país apresenta grandes falhas devido à má administração e a insuficiência de recursos da previdência social. Com o envelhecimento da população, o número de beneficiários aumenta em relação ao de contribuintes, acarretando numa crise do sistema previdenciário. Essa instabilidade do governo faz com que o idoso, mesmo aposentado, continue trabalhando para garantir sua renda. Além de não ser benéfica à qualidade do processo de envelhecimento, tal medida satura o mercado de trabalho, diminuindo a oferta de emprego para a população. Diante dessas problemáticas, faz-se necessário a instalação de centros especializados na 3ª idade para garantir os direitos dessa parcela da sociedade e desenvolver atividades para oferecê-los uma vida ativa e saudável. Cabe também ao governo reformar o sistema previdenciário a fim de equilibrar a renda entre aqueles que fornecem e recebem os benefícios, evitando que o idoso continue trabalhando e não falte oportunidade de trabalho no mercado.