Título da redação:

Procura-se netos para cuidar do Brasil idoso

Tema de redação: O aumento da expectativa de vida como desafio no Brasil

Redação enviada em 01/06/2017

Geograficamente, todos os países vão passar pela transição demográfica, em que a natalidade e a mortalidade cairão e, consequentemente, haverá o envelhecimento da população. Contudo, no Brasil, esse processo traz consigo desafios para o Estado, desde a saúde pública até a previdência social. Resta saber se esses desafios serão solucionados pelo poder público. Em primeiro lugar, observa-se que a saúde pública no Brasil não suporta a quantidade de idosos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um quarto das doenças no mundo atingem os idosos, como diabetes e Alzheimer. Tal fato pressiona a saúde pública, haja vista que as enormes filas de espera, carência de remédios e péssimas condições de trabalho dos médicos fazem parte da realidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Sendo assim, segundo estudo da ativista norte americana Susan Sontagi, “quase 10 anos de todas as vidas brasileiras são passados com incapacidade”, refletindo a precariedade desse órgão. Outrossim, o crescimento da expectativa de vida, cerca de 76 anos de acordo com o IBGE, reduz a eficiência da previdência social. Na atual conjuntura, o Brasil não é atrativo para imigrantes. Além disso, o crescimento vegetativo está estável. Esses dois fatores formam o crescimento demográfico que com o menor número de trabalhadores imigrantes e a constante redução da população economicamente ativa, diminui a arrecadação da previdência social, que nos anos recentes vem com déficits cumulativos ano após ano. Desse modo, há a menor eficiência em pagar os aposentados, gradativamente maiores, trazendo complicações, como pagar contas ou contratar um plano de saúde privado. Nesse contexto, portanto, o poder público deve buscar meios para solucionar esses problemas. Dessa forma, o Ministério da Saúde deve melhorar a saúde pública no Brasil, com acordos com planos privados de saúde, como a Unimed, para que recebam os casos urgentes que excedam o suporte do SUS, em que tal ministério pagaria cerca de 80% do preço e financiaria o resto, além de repor os equipamentos e aumentar os leitos nos hospitais. Ademais, o Ministério da Educação e o governo federal devem incentivar a vinda de imigrantes, fazendo as universidades públicas aceitarem processos seletivos de qualidade do exterior, como é feito em Portugal em relação ao Enem. Por fim, o Ministério do Trabalho deve ampliar as oportunidades de empregos para os idosos, sendo nas áreas de formação do idoso em períodos maleáveis e incentivar aqueles que não possuem nível superior a um trabalho independente. Desse modo, os desafios da longevidade serão solucionados.