Título da redação:

Os mais velhos na frente

Tema de redação: O aumento da expectativa de vida como desafio no Brasil

Redação enviada em 29/05/2017

Segundo dados do IBGE, no ano 2000, os idosos representavam 5,6% da população brasileira. Em 2015, o número aumentou para 8% e espera-se que chegue a 13,5% em 2050. Esses dados mostram o aumento da expectativa de vida da população, que apesar de indicar o desenvolvimento do país, também apresenta desafios, principalmente com relação a questão previdenciária. A partir da década de 90, o Brasil passou por um intenso processo de industrialização e urbanização, proporcionando melhorias em diversos setores como: saneamento básico, políticas públicas de saúde, programas de atendimento especial a idosos, aumento da renda per capita, entre outros. Consequentemente, o índice de mortalidade entre essa população apresentou considerável queda nos últimos anos. Todavia, a demanda pela aposentaria aumentou em comparação com as arrecadações, o que gerou um deficit no setor previdenciário e crescimento da dívida pública. Para a solução do problema, o Congresso propôs um aumento tanto da idade mínima quanto do tempo de contribuição a fim de aumentar a receita. Porém, essas medidas são impopulares, uma vez que exploram o estado de bem-estar dos idosos desconsiderando o tempo de descanso e lazer. Ademais, tais medidas não levam em consideração regiões que não acompanharam essas melhorias, intensificando a desigualdade social ao restringir oportunidades de ascensão econômica das classes mais baixas, problema decorrente do maior tempo de trabalho em conjunto com as altas contribuições. Logo, a reforma ideal deve considerar as condições socioeconômicas de cada região, impedindo que a carga de contribuição recaia sobre a população mais pobre onde existem baixas expectativas de vida. Concomitantemente, cabe ao Governo Federal e a iniciativa privada investirem em escolas técnicas e proporcionarem maiores quantidades de vagas trabalho, para que, reduzindo o número de desempregados, aumente a arrecadação dos impostos destinados a previdência. Junto a isso, é imprescindível que a lei de Desvinculação de Receitas da União – DRU – seja revisada, de tal modo que restrinja o desvínculo de parte dos recursos arrecadados da previdência para outras áreas, pois essa proposta ameniza os efeitos sobre os contribuintes e aposentados ao reduzir os gastos da parte do governo.