Durante o Arcadismo, foi discutida intensamente a efemeridade da vida humana, visto que no século XVIII a expectativa não ultrapassava os quarenta anos. No entanto, devido às transformações médico-sanitárias das últimos décadas, a longevidade da população foi estendida, criando novos desafios a serem superados na questão dos idosos. Dentre esses os gastos governamentais e o desrespeito da sociedade. Primeiramente, é necessário analisar a relevância de aumentar as verbas em setores voltados à terceira idade. Isso ocorre porque, de acordo com projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os idosos serão quase um terço da população nacional em trinta anos. Dessa forma, as autoridades terão que movimentar grandes quantias monetárias para suprir as demandas da saúde pública e da previdência social para tornar a vida desse grupo digna. Além disso, é importante mencionar a naturalização do preconceito no país. Esse fato se dá embasado na Teoria da Violência Simbólica de Pierre Bourdieu, na qual o sociólogo afirma a existência de ideias tão enraizadas na sociedade que os indivíduos as reproduzem sem analisá-las criticamente, sendo uma delas o desrespeito aos idosos. Assim, a população precisa ser conscientizada para enxergar os membros da terceira idade como parte fundamental dela. Diante do exposto são evidentes os desafios na questão dos idosos no Brasil. São necessárias, portanto, medidas a fim de superá-los. Para tanto, o próximo presidente da república deve efetivar a criação do Ministério da Terceira Idade no início do mandato para gerenciar as verbas a serem gastas em setores como saúde geriátrica e previdência social. Paralelamente, as escolas e a mídia podem promover campanhas por meio de debates e palestras para conscientizar a população e amenizar o preconceito. Afinal, o mundo contemporâneo precisa olhar o futuro com mais atenção, pois a sociedade já não é mais a mesma da época do Arcadismo.