Título da redação:

O equilíbrio proposto pelo velho Aristoteles

Tema de redação: O aumento da expectativa de vida como desafio no Brasil

Redação enviada em 30/05/2017

Ao longo do processo de formação do Estado brasileiro, do século XVI ao XXI, a preocupação e a sua estruturação para o fenômeno do envelhecimento populacional era quase inexistente. Porém, com a desenvolvimento social e econômico do país, atingimos de forma positiva elevada expectativa de vida, que de forma paradoxal representa uma problemática para um país despreparado para inversão da piramide etária. Logo, assegurar os direitos que garantem igualdade e segurança financeira aos idosos, é um desafio que o Brasil deve cumprir. Em tempos referidos a antiguidade, a figura do mais velho era vista como sinônimo de respeito e ordem. No momento presente, a velhice se caracteriza como algo depreciativo e responsável por impor valores culturais ultrapassados. Com isso, podemos notar como o idoso é vítima constate de esteriótipos que geram o preconceito silencioso em seu cotidiano. O consciente coletivo , em muitos casos, não busca colocar em prática leis que destinam aos idosos a preferência por vagas em transito ou espaços públicos, por acreditarem que a figura do idoso na sociedade não é de grande valor. "Devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade". A proferida frase, do ilustre filósofo grego Aristóteles, pode fazer analogia com as necessidades que a terceira idade necessita, em especial, a aposentadoria que lhes dão a segurança financeira. No entanto, o sistema previdenciário do Brasil se encontra em crise devido a uma gestão e estrutura fora do contexto atual, que na medida que não atua de forma adequada, coloca em risco o direito de repasse direto de dinheiro aos idosos. A dificuldade de conquistar espaços na sociedade e o recebimento de uma saúde não específica são fatores que ainda carecem de resoluções na vida do idoso. Os espaços públicos e privados apresentam dificuldade de locomoção devido a infraestruturas não adaptadas a dinâmica de pessoas com elevada idade. Somada a essa questão, é comum ver o idoso não receber cuidados de uma saúde preventiva, o que, por sua vez, contribuem para que doenças se agravem ou os atingem com mais facilidade, Os efeitos dessas questões é o sobrecarregamento da saúde pública brasileira e a insociabilidade do idoso com demais integrantes do meio social, Podemos inferir, portanto, que o aumento da expectativa de vida só ira ser algo positivo de fato se o Brasil buscar formas de se adaptar a nova realidade da população brasileira. Cabe ao governo, criar através de leis, formas de modificarem espaços públicos e privados para que facilite a integração dos idosos a esses meios; ademais, vale ressaltar a parceria com mídia para realizar campanhas que busque conscientizar e estimular o respeito aos direitos dos idosos. E ainda é valida a modificação das regras atuais da previdência e de saúde ao idoso, por parte do Estado, para assegurar o direito financeiro e qualidade de vida à aqueles de mais idade. Assim, de fato iremos tratar os idosos da sociedade brasileiro de maneira coerente com suas desigualdades.