A expectativa de vida dos brasileiros está crescendo, porém assim como uma provável crise no sistema previdenciário. Por um lado, o prolongamento médio do período vital representa um desenvolvimento saudável do país; pelo outro, sugere que, neste ritmo, um grave problema econômico-financeiro, além de social, está por vir. Nessa situação, uma mudança é precisa. E, de maneira inversamente proporcional, a medida que o número de idosos aumenta no Brasil, o de crianças e jovens - futuros participantes da População Economicamente Ativa - diminui gradativamente, colaborando para o alerta previdenciário. Um ótimo exemplo global é o Japão que, por ter a pirâmide etária invertida - justamente por ser um país com altíssimo grau de desenvolvimento -, enfrenta a maior crise da previdência social de toda a sua história, uma vez que os arrecadamentos não suprem a demanda da aposentadoria de muitos japoneses. Para tanto, o crescimento demográfico brasileiro progride no caminho do japonês. A diferença encontra-se na discrepância entre a realidade de ambos, visto que seus governantes e suas respectivas populações possuem ideais históricos distintos. Em suma, o Brasil se tornará, em porcentagem populacional, um Japão; em contrapartida, internamente assemelharar-se-á mais com um país subdesenvolvido. Nesse contexto, os primórdiosbde uma possível solução estão em uma decente reforma no sistema previdenciário e no investimento em educação e na geração de empregos, para que a PEA suporte tais mudanças. Sendo assim, o governo federal, com a ajuda de especialistas, deve fazer ajustes no projeto de reforma previdenciário atual, para que este se torne funcional. Além disso, deve investir na criação de obras públicas e na criação de indústrias, visando abrir ofertas de emprego. Somente dessa forma, o Brasil começará a se tornar um país de primeiro mundo.