Do tempo do Império em que a população era composta, em grande parte, por escravos, crianças e jovens-adultos, porém com a expectativa de vida média de trinta a quarenta anos. Passando pelas melhorias na qualidade desde a campanha de vacinação de Oswaldo Cruz e a criação dos Ministérios da Saúde e da Previdência. Até chegar na atual transição demográfica do Brasil. Se faz urgente uma revisão dos planos e metas do governo para gerir o país com essa nova estrutura populacional. Possibilitar o envelhecimento da população é sinal de desenvolvimento. Porém mudanças são essenciais para que a qualidade de vida dos idosos seja garantida não só na constituição, mas também, em seu dia a dia. Sendo a saúde um direito básico de todo brasileiro. Contudo poucos são os que depois dos 60 ainda conseguem trabalhar e os valores da aposentadoria são apenas uma porcentagem do que recebiam anteriormente. A renda menor e a falta de medicamentos nos postos juntamente com a burocracia nos processos judiciais que tentam garantir o fornecimento dos remédios gratuitos, muitos idosos tem seus problemas de saúde agravados pela ineficiência do Estado. Não só a saúde física, mas também sua saúde mental deve ser alvo das ações do governo. Pois aqueles que antes compunham a engrenagem que move o país, hoje se sentem como peças sobressalentes que se acumulam nos cantos: abandonados para enferrujar até deixarem de funcionar. Criar academias ao ar livre, aulas de ginastica, associações e clubes para terceira idade são fundamentais para mantê-los sempre lubrificados e em funcionamento, garantindo assim um maior tempo de vida. Pode-se então, de maneira análoga à forma como os orientais lidam com seus anciões criar uma consciência ocidental que o envelhecimento é algo extremamente benéfico e um processo biológico inevitável. Desmistificando essa faixa etária, e adaptando o que se tem hoje para que todos sejam jovens ou mais velhos possam ter seus direitos constitucionalmente cumpridos. Pois a prioridade do governo deve ser sempre sua população tenha ela a idade que for. Fica claro, portanto, que o amadurecimento de leis e ações no pais perante seus cidadãos mais antigos é essencial. Criar uma legislação que acompanhe suas necessidades e atenda suas solicitações em tempo hábil e fundamental, pois esses não têm tempo para esperar anos por um parecer jurídico. Além de integra-los como parte ativa de ONGS, escolas e projetos culturais promovendo saraus e eventos lúdicos em que eles possam se expressar e transmitir sua sabedoria aos mais novos. Unindo o passado e o presente para transformar o futuro da nação.