No Brasil, apensar de uma certa discrepância na expectativa de vida principalmente entre regiões do Norte e do Sudeste, é esperado que a população de idosos triplique até 2050. Isso é resultado de melhorias em políticas de saúde pública e social. No entanto, o pais ainda não está preparado para cuidar dos seus idosos. O sistema de saúde é precário e não comporta a demanda atual de pacientes. Em alguns estados, inclusive, houve o sucateamento total da rede de saúde. No Rio de Janeiro, por exemplo, mesmo os hospitais sendo geridos por uma Organização de Saúde (OS), ou seja, uma empresa privada, houve falta de utensílios médicos e medicamentos e, ainda, os profissionais de saúde estavam com salários atrasados. Dessa forma, os pacientes portadores de doenças crônicas e de morbimortalidade considerável, onde muitos inclusive são idosos, são os que mais sofrem. Ademais, não há políticas voltadas para adultos com mais de 60 anos no Brasil. Faltam sistemas de transporte adequados e de qualidade, atividades que proporcionem interação entre pessoas de meia idade e incentivos para a prática de exercícios que visem melhorias na qualidade de vida. Em Brasília, foram criadas as Academias ao ar livre, sendo uma boa iniciativa para uma rotina regular de exercícios, pois são gratuitas e estão em várias partes da cidade. Entretanto, seria necessária a presença de instrutores para auxiliar os idosos e evitar estes se lesionem. Portanto, ainda há muito o que fazer para cuidar melhor dos idosos brasileiros. Assim, é imprescindível que o governo elabore projetos que atendam as necessidades deles, como: transporte urbano adequado e seguro, ampliação das Academias ao ar livre e melhor remuneração para residência médica em geriatria, o que seria um estímulo aos médicos na escolha de uma carreira. As universidades poderiam disponibilizar estagiários de saúde e educação física para tais academias. Além disso, as escolas devem ensinar, desde cedo, o valor do idoso em uma sociedade igualitária. Afinal, é preciso cuidar bem de quem de nós cuidou.