Nos tempos da história clássica, na Grécia, a camada mais idosa da população (anciões) eram extremamente valorizados, inclusive compondo o Conselho dos Anciões, o qual tomavam as decisões para conduzir as polis gregas de Atenas e Esparta. No Brasil, o cenário vai de encontro ao observado nas polis gregas, os idosos, principalmente os mais pobres, buscam seus direitos a saúde e de qualidade de vida, enquanto temem a perda da aposentadoria desta e da futura geração. Em face desta conjuntura, o Brasil deve enfrentar o desafio de planejar os futuros gastos para custear uma melhor qualidade de vida e a manutenção da previdência, para os idosos da nação. Primeiramente, é importante esclarecer que o aumento da camada da população brasileira está intimamente relacionada à economia do país, ou seja, quanto maior o desenvolvimento maior será a expectativa de vida da população. Portanto, não há como postergar a discussão do tema, o planejamento visando manter o superávit no erário brasileiro dever ser iniciado desde já. Assim, a reforma da previdência se faz necessário como uma das medidas para garantir a manutenção das aposentadorias das futuras gerações, a qual, segundo projeção de especialista, chegará dos atuais 12% a 30% do total da população brasileira. Além disso, outro problema corriqueiro enfrentado pela camada da população acima dos 60 anos, é a ocorrência de doenças debilitantes é que são evitáveis, como exemplo, artrites, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), doenças pulmonares crônicas e do coração, as quais, em grande parte, são provenientes de trabalhos insalubres e falta de atendimento médico com vistas na profilaxia. Logo, este é outro obstáculo que deve ser superado, a melhora dos serviços de saúde , seguindo o exemplo de países como a Suíça e França que investem boa parte do Produto Interno Bruto (PIB) na sistema publico de saúde. Os desafios, portanto, são grandes, mas superáveis, basta que o Governo tome medidas como a reforma da previdência, esta medida da forma que encontra-se hoje, não irá garantir a sustentabilidade da previdência, os economistas brasileiros devem realizar uma força tarefa visando realizar uma reforma que seja isonômica, ou seja, todos os trabalhadores devem ser enquadrados nos tetos e pisos salariais, somente assim será possível manter o sustentabilidade da seguridade social. Ademais, o poder Legislativo deve aprovar uma lei que aumente a porcentagem do PIB a ser investido na área da saúde, uma vez que crianças e adultos saudáveis formarão idosos também saudáveis. Estas e outras medidas devem ser postas em prática, desde de já, a fim de que o Brasil forneça a população da Terceira Idade o justo descanso, a valorização e a dignidade observada na época Clássica.