Décadas atrás, um dos principais objetivos do Governo era elevar a expectativa de vida brasileira. Nesse sentido, o crescimento econômico possibilitou melhorias nas condições de vida da população que, por conseguinte, elevou a expectativa de vida e hoje beira aos 74 anos. O Brasil, porém, mostra-se despreparado para atender esse tipo de população, gerando inúmeras problemáticas sociais. Em primeiro lugar, é preciso destacar o descaso do Governo na saúde. Neste âmbito, o Estatuto do Idoso assegura direitos de preservação física e moral. Contudo, a realidade é vista de maneira mais abrupta: são postos de saúde lotados, falta de profissionais na saúde, falta de remédios que deveriam ser de graça para a população, longas filas por exames e diagnósticos e a falta de infraestrutura dos hospitais. Não é incerto afirmar que são problemas causados pela má gestão de recursos, bem como os desvios destes, que prejudicam principalmente os que mais dependem desse sistema, como os idosos. Além disso, não é incomum ver anciões em total descaso, deixados em asilos pelos próprios familiares. Nesses asilos, algumas vezes são maltratados, pois não há uma preocupação específica para a vigilância destes locais. O fato evidência o comportamento da população brasileira que, em sua maioria, está despreocupada com a condição de vida de seus idosos. O problema, infelizmente, só tende a crescer, visto que segundo a Agência Brasil, o número de idosos crescerá 30% até 2050, comprovando que a demanda por hospitais e asilos crescerá, tornando-se problemas crônicos brasileiros. Fica claro, portanto, que as problemáticas supracitadas urgem medidas práticas e eficazes. Para que isso ocorra, é preciso aperfeiçoamentos gerenciais no Ministério da Saúde, atingindo todas as suas instâncias, para que o dinheiro público seja de fato utilizado para a melhoria do atendimento. Ademais, é preciso uma maior atenção dos vigilantes sanitários aos asilos, fazendo das visitas de inspeção mais recorrentes. Outrossim, a população brasileira deve ter mais zelo aos seus idosos, visitando-os mais em asilos e sanando suas necessidades de atenção e carinho.