Após a Revolução Industrial, ocorreu uma inversão de valores, em vez da sabedoria, passou-se a julgar o homem pela capacidade de produção. Nesse sentido, no Brasil, os anciãos enfrentam desafios ao tentarem conviver em sociedade, no entanto, dentre tantos fatores relevantes, destacam-se a escassez de políticas de acolhimento e a falta de vagas no mercado de trabalho. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), até 2060, a expectativa de vida do brasileiro será de 90 anos. Tal aumento terá como consequência a inversão da pirâmide etária, entretanto, garantir uma boa qualidade de vida nessa fase é um impasse, já que há poucos programas sociais que atendam às necessidades dos idosos e os poucos que o país contém estão concentrados, também segundo o Instituto, em regiões mais ricas, como a Sudeste. A Suécia, por exemplo, além de promover grandes encontros em praças públicas, incentiva aos jovens, por meio de trabalhos escolares, a visitarem os asilos da região em que moram, porém tais medidas não são encontradas no Brasil. Por outro lado, os que ainda querem se manter ativos enfrentam resistência do mercado de trabalho, visto que, comumente, as empresas preferem contratar os mais jovens, pois estes terão mais energia para realizar as atividades propostas, porém os empreendedores esquecem que, muitas vezes, o mais velho possui maior experiência. Dessa forma, carente de políticas públicas e sem qualificação profissional, os idosos não conseguem adentrar ao mercado. Portanto, buscando resgatar os direitos da pessoa idosa, o Ministério da Educação deve, com o apoio de ONGs, fornecer cursos profissionalizantes aos anciãos a fim de os qualificarem para o trabalho. Ademais, cabe ao Ministério do Desenvolvimento Social, juntamente com o Ministério do Trabalho, criar programas sociais que atendam às necessidades dos mais velhos, essa deve ser feita através da reserva de vagas destinados aos idosos com o objetivo de fornecer amparo social e, por fim, é dever do Ministério Público a fiscalização de tais medidas, para que se diminuam as estatísticas apontadas.