Título da redação:

Complexidade da terceira idade no mundo contemporâneo

Tema de redação: O aumento da expectativa de vida como desafio no Brasil

Redação enviada em 27/05/2017

A primeira fase da transição demográfica foi marcada pelos alto índices de natalidade e mortalidade, o que favorecia para um crescimento vegetativo populacional quase nulo. Entretanto, em meados do século XIX, a partir da primeira revolução industrial, os avanços medicinais e estruturais contribuíram significativamente para que o número de mortes se reduzisse, aumentando a expectativa de vida das sociedades mundias, especialmente, europeias. Contudo, com o passar do tempo, o crescimento da população idosa passou a ser motivo de preocupação para diversos países, inclusive para o Brasil. Em primeiro lugar, é fundamental destacar como a taxa de natalidade está diminuindo cada vez mais, haja vista a inserção constante de mulheres do mundo profissional, que passaram a dedicar mais ao emprego. Não possuindo tempo para cuidar dos filhos, essas cidadãs optam por iniciarem uma família cada vez mais tarde e em número reduzido, contrastando com a sociedade rural de décadas atrás, em que a ideia de uma família numerosa era atraente pela necessidade de mão de obra na agricultura. Ademais, a intensificação da preocupação com a saúde, a evolução dos métodos técnicos e científicos, assim como o crescimento da renda per capita brasileira, são fatores que auxiliam para o aumento na qualidade de vida da sociedade, e consequentemente no número de idosos. Embora o envelhecimento dos cidadãos indique alta taxa na expectativa de vida, a diminuição da população economicamente ativa (PEA), pode gerar diversos “prejuízos” ao Estado. Uma vez que afeta o número de mão de obra, desacelera o mercado consumidor e contribue para o surgimento de crises previdenciárias, como a que o Brasil está vivenciando nos últimos anos. Essa, é um reflexo decorrente do menor número de jovens para sustentar parcela dos habitantes da terceira idade, resultando no caos nas finanças públicas. Desse modo, para diminuir os gastos, a inflação sobe mais para para quem passou dos sessenta anos, similarmente, os convênios médicos aproveitam o estado precário da saúde pública para reajustar seus planos de saúde destinados aos idosos. Torna-se evidente, portanto, a necessidade de adoção de medidas capazes de inverter essa realidade. Em vista da existência de um estatuto do idoso, cabe ao poder judiciário fiscalizações rigorosas a possíveis transgressões, como o abuso das operadoras de saúde no valor de convênios para pessoas com idade avançada. Além disso, o governo deve realinhar seus serviços de saúde, melhorando a situação do sistema único de saúde (SUS), e dando apoio aos responsáveis por idosos em faixa de risco, proporcionando melhor qualidade de vida à população brasileira. Por fim, empresários, juntamente com toda a sociedade, devem criar empregos e projetos que integram a terceira idade no âmbito social, com o objetivo de combater o isolamento, e angústia presente nessa faixa etária.