É bastante perceptível que a população brasileira está envelhecendo. Desde 1970, quando a população urbana ultrapassou a do campo, com a ocorrência do êxodo rural, pôde-se notar que a taxa de natalidade entrou em declive e, com as melhores condições de vida existentes na cidade, as pessoas estão vivendo mais. É necessário, pois, que hajam preocupações e cuidados com o envelhecimento do povo, para que este tenha sua dignidade garantida. Um dos obstáculos a serem superados diz respeito à questão da previdência social, direito assegurado na Constituição Federal. Ela consiste no pagamento de aposentadoria àqueles que não contribuem mais com o mercado de trabalho. Porém, percebe-se que, ao longo dos últimos anos, o governo tem problemas com o pagamento da mesma, em função do déficit previdenciário, que configura o resultado negativo do cálculo entre o valor arrecadado dos contribuintes (população economicamente ativa) e o montante a ser pago para os aposentados, tendo em vista o desemprego, que ultrapassa 13 milhões de pessoas em nosso país. Além disso, é necessário assegurar à população um envelhecimento com qualidade. Notavelmente, poucos são os debates quanto a saúde dos idosos no Brasil, configurando, pois, um desafio a ser vencido. A falta de assistência, cuidados e respeito são evidentes no dia a dia, uma vez que não auxiliamos os mesmos em simples tarefas do cotidiano, como atravessar uma rua. Acresce ainda o desrespeito com eles, como em na ocupação de vagas preferenciais em estacionamentos e de assentos prioritários nos transportes públicos, situações nas quais muitos jovens impedem os idosos de usufruírem desses direitos. Visando sanar o déficit previdenciário e levando em consideração as altas taxas de desemprego no país, vê-se necessário a criação de obras públicas com o intuito de aumentar o número de contribuintes ativos, a exemplo do governo dos Estados Unidos no quadro posterior à crise de 1929. Além disso, a melhoria na saúde pública, tendo como um dos objetivos reduzir os impactos da idade avançada, com mais investimentos na área. Acresce ainda a realização de palestras em escolas visando educar os jovens e ensiná-los a tratar bem, sobretudo, os idosos, bem como o aumento da fiscalização em espaços públicos para que as leis sejam cumpridas e, os idosos, respeitados.