A evolução da pirâmide etária de um país está diretamente ligada ao desenvolvimentismo do Estado e ligada as políticas públicas de assistência ao cidadão. Desse modo, o aumento da média de anos vivida pelos brasileiros e a queda na taxa de natalidade acarretam a longo e médio prazo um déficit previdenciário e, apesar do aumento da qualidade de vida e longevidade da mesma serem proporcionados pela gestão do governo, continua a ser negligente o apoio dado pelo país para que os idosos vivam com qualidade. O aumento da expectativa de vida advinda de investimentos governamentais na área da saúde, descobrindo a cura e curando pessoas com doenças que antes dizimavam populações, como a gripe, e em educação, conscientizando sobre o uso de métodos contraceptivos e sobre o gasto necessário para que a criança tenha uma boa vida, diminuiu a média de filhos por mulher, que segundo o último censo encontra-se por volta de 1,6 filhos. Essa queda na taxa de natalidade, aumento da população aposentada e aumento da expectativa de vida cria um déficit nas contas públicas, uma vez que o sistema previdenciário brasileiro está baseado em um acordo entre gerações. Sendo assim, ter mais aposentados que jovens encarece a previdência paga pelos cidadãos economicamente ativos. Faltam recursos para pagar os médicos, para comprar os remédios e outras necessidades essências ao bom funcionamento dos hospitais, a exemplo do Hospital Universitário Pedro Ernesto, na zona norte do Rio de Janeiro, com aparelhos quebrados e lixo acumulado. Considerando que o salário mínimo é de R$900 não existem meios possíveis para o idoso arcar com todas as despesas médicas e ainda comer e pagar as contas. Portanto deve ser formulada pelo Congresso Nacional uma reforma da previdência visando auxiliar as novas gerações, que serão encarregadas de arcar com a configuração populacional brasileira da época, bem como a criação de postos de saúde especializados em atendimento ao idoso para continuar com o aumento da expectativa de vida e melhorar a qualidade da mesma.