"Devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade.", esta afirmação de Aristóteles respalda a necessidade de um tratamento específico ao indivíduo para o exercício da equidade. Nesse contexto, com o aumento da expectativa de vida no Brasil, é indispensável o debate sobre como garantir condições dignas de vida aos sexagenários. Em primeiro plano, destaca-se que com o avançar da idade há um declínio nas condições de saúde do ser humano. Com o fim de assegurar os cuidados exigidos no atendimento aos pacientes idosos, o desenvolvimento do setor geriátrico se faz urgente, visto que o acesso à saúde está previsto na Constituição Federal de 1988. Outrossim, com a ampliação dessa parcela populacional, ocorre, proporcionalmente, o crescimento dos gastos com a previdência. Por conseguinte, decorre a reformulação do sistema previdenciário, que, atualmente, não goza da aprovação popular, pois, segundo o Datafolha, o percentual de desaprovação dos brasileiros, referente a medida, é de 71 por cento. Fica evidente, portanto, que o Poder Legislativo, em constante ouvidoria com os sindicatos, deve arquitetar uma reforma na previdência que equilibre o tempo de contribuição sem comprometer a saúde financeira do INSS, afim de certificar que todos os contribuintes tenham acesso à aposentadoria. Concomitante a isso, cabe ao Ministério da Saúde, em conjunto a Organização Mundial da Saúde, promover cursos de especialização aos profissionais da área, visando aprimorar os cuidados ao idoso. Dessa forma, como previsto na filosofia Aristotélica, a equidade será o caminho para a plena felicidade.