"Devemos tratar desigualmente os desiguais" esta afirmação de Aristóteles respalda a relevância do tratamento específico para o exercício da equidade. Nesse contexto, com o avanço da medicina no Brasil, há também o aumento da população de idosos, que devido a deterioração natural da saúde, necessitam de cuidados especiais. Logo, é indispensável implementar medidas que adaptem os serviços que lhes são ofertados a esse novo cenário. Em primeiro plano, destaca-se que com os avanços tecnológicos o alargamento do topo da pirâmide etária era previsível, entretanto, ações paliativas não foram executadas pelo Estado. Decorrente dessa negligência, o setor geriátrico brasileiro tornou-se obsoleto, visto que o contingente de profissionais capacitados é insuficiente frente à crescente demanda. Outra consequência dessa omissão é a desatualização do sistema previdenciário, que se encontra sobrecarregado . Por conseguinte, a reforma da Previdência tramita no Poder Legislativo e promete aumentar o tempo de contribuição necessário para garantir a aposentadoria; que já é alto antes mesmo da reforma entrar em vigor. Todavia, essa ação configura-se como desmedida, tendo em vista que países, como Alemanha e Inglaterra, que possuem maiores índices de longevidade, conseguem efetivar uma melhor qualidade de vida para os que estão na terceira idade. Fica evidente, portanto, que o Ministério da Saúde, em conjunto a Organização Mundial da Saúde, deve promover cursos de especialização aos profissionais da área, visando aprimorar os cuidados ao idoso. Concomitante a isso, cabe ao Poder Legislativo, em constante ouvidoria com os sindicatos, arquitetar uma reforma na previdência que equilibre o tempo de contribuição sem comprometer a saúde financeira do INSS, a fim de certificar que todos os contribuintes tenham acesso à aposentadoria. Dessa forma, como previsto na filosofia Aristotélica, a equidade será o caminho para a plena felicidade.