“Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens”. Tal máxima de Pitágoras já revelava o cuidado que um país deveria ter com os mais novos. No entanto, com o aumento da criminalidade entre os jovens no Brasil é nítida a falha do Governo e da sociedade em proteger e educar seus menores. Primeiramente, a violência entre os jovens atinge principalmente, meninos de baixa renda e afrodescendentes, o que revela um problema de raízes profundas. Nesse contexto, a concentração de renda no Brasil teve início quando este ainda era colônia de Portugal através das Capitanias Hereditárias, e depois pela escravização dos negros africanos. Porém, mesmo na sociedade moderna as desigualdades continuam alarmantes, o que pode ser observado nas periferias das grandes cidades, onde as famílias de mais baixa renda moram, onde o acesso à educação e moradia de qualidade é baixo e todos são mais suscetíveis à violência e ao tráfico de drogas, nessa conjuntura os jovens são mais facilmente atraídos para o mundo do crime. Ademais, muitas unidades de internação de menores infratores não possuem estruturas adequadas. Nesse viés, com o aumento de jovens envolvidos em crimes o número de casas de internação tornaram-se insuficientes e as determinações feitas pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), durante o período de internação do menor, como escolarização e profissionalização não são compridas por muitas dessas instituições. Sendo assim, muitos desses jovens quando saem da internação voltam a praticar crimes. Portanto, é imprescindível que medidas para proteger os jovens são necessárias. Pra isso, o Governo Federal e Estadual em parceria com empresas privadas deve criar mais vagas de emprego para essa população marginalizada e também mais vagas para menor aprendiz. Além disso, o Governo Federal deve investir mais em educação, e ainda, oferecer recursos necessários para as casas de internação de menores infratores para que essas possam realmente fazer a ressocialização desses indivíduos.