A sociedade brasileira está vivenciando um drástico aumento da criminalidade. Embora os maiores crimes sejam associados aos adultos, uma parte significativa dos delitos são cometidos por jovens. Assim, será que a simples punição desses jovens é uma saída ou apenas um começo de uma geração nascida do descaso? O tráfico de drogas tem sido a principal causa da inserção dos jovens no crime. O lema da juventude parece ser " aja duas vezes antes de pensar". Assim, muitos adolescentes acabam se deixando levar pelas ilusões de poder e ascensão social prometidos pelo tráfico, entrando, assim, para o mundo da violência. No entanto, é perceptível a ausência de preocupação com a recuperação desses jovens, que muitas vezes acabam ficando presos a esses sistemas criminosos. Dessa forma, esses jovens infratores que poderiam ser recuperados acabam se prendendo cada vez mais no mundo do crime. O resultado aparece quando em um cenário de homicídio e assalto, os jovens são os protagonistas influenciados por criminosos profissionais. Assim, deve-se ter cautela com as punições dadas à eles, já que sem uma organização, "as prisões podem se tornar formadoras de novos delinquentes", como comenta Michel Foucault, filósofo francês. Portanto, fica claro que, a ausência de preocupação com a recuperação dos menores infratores, acaba abrindo portas para que eles se predam cada vez mais na criminalidade. Dessa forma, as instituições educacionais tem papel fundamental na formação da mentalidade dos jovens, para que não sejam vítimas de ilusões e dependências, e assim não façam parte da criminalidade. Além da ação do governo na fiscalização das unidades que cuidam da formação de jovens privados de liberdade, pois se há descaso a chance desses menores serem libertos com uma mentalidade mais criminosa, é grande.