O aumento da criminalidade entre jovens pode ser relacionado a fenômenos científicos, tais como alguns da física óptica. Há a Reflexão, pois estes jovens assimilam e "refletem" certas condutas em sua realidade, e a Refração, que demonstra "raios de luz" entrando em contato com um meio e sofrendo "desvios". O primeiro, no sentido de existir circunstâncias sociais que influenciam jovens e adolescentes a simpatizarem com a criminalidade, como famílias desestabilizadas (sem dinheiro, recorrem ao roubo ou furto) e sistema de educação negligenciado pelo governo em diversos estados (o que incentiva a fuga escolar e consequente insegurança profissional). O segundo, pelo meio agir sobre eles, principalmente em crianças que habitam periferias e crescem cercadas pelo tráfico de drogas, fazendo parecer que sua única alternativa é seguir esse mesmo caminho. Além disso, há deficiência de unidades de atendimento para menores infratores, mesmo que o apoio social e psicológico seja necessário para que estes voltem à sociedade e não repitam seus crimes. De acordo com dados do site Abril, 90,7% dos 192 mil adolescentes que cumpriram penas no Brasil são do sexo masculino. Como mostrado no documentário "The mask you live in", acerca de um debate sobre os tipos de padrões de masculinidade impostos a garotos, a cultura da violência é, historicamente, mais relacionada a homens que mulheres. Desse modo, é esperado que estes, principalmente os que carecem de apoio governamental, familiar e psicológico, cedam à criminalidade ou se tornem pessoas abusivas no geral. É notável que o aumento dos crimes relacionados a jovens no Brasil possui causas sociais, educacionais e de carência do apoio governamental. É preciso que o MEC alcance comunidades periféricas com escolas e projetos educacionais inovadores, que estimulem os talentos inexplorados pelas crianças em áreas de conflito criminal, como artísticos, musicais, além das matérias básicas, de forma a impedir a evasão escolar e incentivá-los a construir uma carreira profissional de seu agrado. E deve ser melhorado, em faculdades públicas e particulares, a infraestrutura de clínicas-escola, para a formação de profissionais que atuem na recuperação de menores infratores e possam ofertar o apoio que falta a inúmeros jovens.