Infância perdida. Sonhos devastados. Ignorados. São essas palavras e conceitos que se tornam cada vez mais rotineiros quando observamos a adesão cada vez maior da juventude na criminalidade. Os índices demonstram uma situação critica, e cada vez mais se discute: Como combater o aumento cada vez maior de adolescentes e crianças no crime? Segundo uma pesquisa realizada pela revista Exame, cerca de 192 mil adolescentes menores de idade cumprem medidas socioeducativas, sendo que, pelo menos 74 mil deles se situam no Estado de São Paulo, jovens esses que, em inúmeras vezes, se encontram em tal situação principalmente pelas condições de desigualdade e miséria a que são expostos. Tais condições inibem os mesmos de oportunidade e chances de ascensão, fazendo com que a realidade do crime, se torne atraente e uma forma de “sobrevivência” em si. “Educai as crianças e não será preciso castigar os homens”, tal frase de Pitágoras é de grande efeito quando falamos da realidade brasileira, em um ranking organizado pela OCDE (Organização para a cooperação e desenvolvimento econômico) em relação à qualidade da educação, o Brasil se situa na 60° posição quando 76 países são avaliados, o que demonstra a precariedade do sistema educacional brasileiro que se encontra muito distante dos primeiros lugares do ranking, Cingapura, Japão e Coreia do Sul, países que também possuem índices ínfimos de participação da juventude no crime. Entre os fatores que se relacionam com o aumento da criminalidade juvenil, um se destaca, a violência física e verbal doméstica que grande parte desses jovens sofre. Como os mesmos se situam em um contexto de violência e repressão, isso se torna algo banal e rotineiro para eles, tornando-se assim, parte de sua própria formação e concepção de mundo, uma realidade onde o normal, se torna o crime. Desta forma, vemos que a criminalidade de jovens no Brasil é um problema intimamente ligado à questão educacional e social, sendo necessárias assim intervenções feitas pelo governo para o combate ao problema. Uma das maneiras de lidar com o problema seria o investimento na educação visando à abertura de oportunidades para esses jovens, além de um amparo para a melhora da realidade dessa juventude, tanto em questões econômicas, como em questão psicológica, através do acompanhamento de especialistas para a resolução do problema. Dessa forma, poderemos lidar com o problema de forma efetiva, amenizando e mesmo e possuindo uma melhora no quadro atual brasileiro.