A desigualdade social em países em desenvolvimento, como o Brasil, é uma barreira para a diminuição da criminalidade infanto juvenil, ou seja, o meio em que o jovem vive aliado à falta de educação e opção afeta no aumento dos índices. O dinheiro advindo do crime é de "fácil" aquisição e não demanda esforços psicológicos, nem rotinas cansativas, nem resultados à longo prazo. Além disso a falta de punição e reinserção social agravam esse quadro, pois o jovem presume que pode cometer o ato que quiser e não haverá consequências. Segundo dados da Folha de São Paulo, a maioria dos juvenis que se encontram no crime são pobres, geralmente habitantes da periferia, portanto, analisa-se que o meio em que vive influencia em suas decisões. Esses garotos veem-se cercados por traficantes de droga, amigos que influenciam em suas atitudes, falta de apoio familiar, muitas vezes até fome, tudo isso contribui para que a única saída fácil, porém não correta, seja o crime. A solução encontrada por eles, então, é o tráfico de drogas que traz dinheiro rápido, não duradouro o qual gera um ciclo vicioso, até a prisão ou a morte. Dentre esses aspectos, à falta de educação para essas pessoas seja um dos pilares para esse problema. As escolas públicas que a maioria delas frequenta são sucateadas, sem infraestrutura docente e física, não há professores motivados, nem equipamentos para o mínimo de uma educação de qualidade, a qual abriria as mentes desses jovens. Atrelado a tudo isso, os poderes judiciário e legislativo no Brasil são ineficazes, pois a pena a adolescentes infratores não é adequada,sendo baseada na força física e psicológica, e o jovem sai da fundação "Casa" pior do que entrou. Além disso não existe políticas de reintegração social visando uma educação, uma melhora na qualidade de vida e um acompanhamento psicológico rigoroso para afirmar que o crime não é a única saída. Por fim a desigualdade social é um obstáculo que deve ser resolvido aos poucos pela conscientização das pessoas por meio da educação, a qual o poder legislativo deve investir principalmente nas periferias trazendo uma boa infraestrutura aos alunos e professores,e junto ao poder judiciário devem ser mais rigorosos com o cumprimento da política de reinserção, dando um acompanhamento rígido a esses infratores em prol de uma melhoria de suas vidas os tornando cidadãos novamente. Afinal como diz Augusto Cury "educar é semear com sabedoria e colher com paciência."