Sobre o aumento da criminalidade entre os jovens, deve-se tratar as causas e não somente suas consequências, para assim o poder público ser eficiente no combate a esse mal e não demagogo. A criminalidade tem seu berço, frequentemente, em áreas carentes e abandonadas pelo setor público, pois onde a mão do Estado não se faz presente o crime tem liberdade para crescer e se organizar, como aconteceu com o tráfico de drogas nos morros da cidade do Rio de Janeiro. Desse modo, a parcela da população mais facilmente aliciada é a juventude, como apontam as estatísticas no site da revista “Exame”. Essa faixa etária, que está em processo de formação, caso não tenha o devido acompanhamento e orientação, pode realizar escolhas erradas, como entrar para o mundo do crime. Existem discursos defendendo da diminuição da maioridade penal e até a pena de morte, contudo, os países que adotaram essas medidas não observaram diminuição da criminalidade em nenhuma faixa etária, segundo Karina Sposato, advogada consultora da UNICEF. Logo o Estada deve concentrar-se em políticas públicas para mudar a realidade de jovens nas áreas consideradas críticas quanto a segurança pública. Três iniciativas contribuíram para essa mudança. Primeiro, a realização nas escolas de atividades educacionais extracurriculares em horários diferentes do horário de aula, como aulas de dança, música, artes marciais, assim o jovem passa mais tempo na escola do que na rua. Segundo, Aumento do número de Conselhos Tutelar, para aumentar a fiscalização da presença de adolescente e crianças em bares, ou em horários inapropriados na rua. E por último, levar o aluno com dificuldades de aprendizagem a passar mais tempo na escola em aulas de reforço.