Doar órgãos ou tecidos implica em uma iniciativa de amor ao próximo, se colocar no lugar do outro. A prática de doação pode ser feita em dois momentos, tanto em vida e pós-morte. Quando é realizada a doação em vida o caminho é mais fácil. Atualmente mais de 60.000 pessoas estão em lista de espera aguardando por um transplante compatível. Por haver inadequada entrevista dos familiares, eles não autorizam a doação em 30,0% a 40,0%. O não esclarecimento da irreversão, no caso da morte cerebral, gera o processo de negação do familiar em aceitar a morte. Também a queda de notificação a potencial doador, cuidados inadequados com o doador, dificuldades no contato com as equipes de transplantes, empecilhos na retirada dos órgãos e distribuição dos órgãos doados. Enquanto as pessoas esperam na fila, vivem dias de depressão, angústia e sofrimento. Todavia ao serem transplantados e ter acesso à reposição de tecidos necessários à sobrevivência os indivíduos de fato melhoram quanto à reabilitação física, mental e social. E por fim, é relevante que a equipe de saúde e equipe especializada em transplante deixa claro para a família que morte cerebral significa não ter possibilidade de sobrevivência. Deixar o familiar ciente com comprovação de resultados de exames e laudos médicos periódicos. E garantir cuidados com o doador garantindo a integridade dos órgãos para a adoção. Assegurar contato imediato com todos os envolvidos em captar os órgãos e prevalecer à distribuição de maneira eficaz. Para isso é necessário simplificar o protocolo de doação de forma objetiva e segura. Finalmente fazer um trabalho intenso na mídia quanto à seriedade da constatação da morte cerebral, bem como explanar sobre os resultados de exames que constatam a morte cerebral, para sanar as dúvidas da população. Ter conhecimento técnico fará a população ter poder de decisão, que contribuirá com o aumento de órgãos doados e isso implica em benefícios para muitos que estão na fila de espera.