O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) considera que, até que estes atinjam a maioridade, os pais são seus responsáveis e também respondem por seus atos. Entretanto, a revista Exame apresentou em uma matéria que 192 mil menores de idade cumprem medidas sócioeducativas e, este cenário é consequência da crise econômica do país e de problemas familiares. O Brasil atualmente enfrenta uma crise em sua economia que ocasionou o aumento da taxa de desemprego. Nesta situação, muitas famílias foram obrigadas a morar em favelas e, por se tratar de uma região mais próxima do tráfico de drogas, maiores são as chances desses jovens entrarem em contato com o tráfico, tornando-se usuários de entorpecentes ou até mesmo utilizando este como uma fonte de renda, resultando assim, no aumento da criminalidade. Somado a isso, pode-se considerar as atuais "relações líquidas" do sociólogo polonês Bauman, que segundo ele, a necessidade de satisfação pessoal da população do século XXI resultou em uma menor conexão entre as pessoas ao ponto de se tornarem fluidas e, não mais rígidas e fortes como antigamente, desta forma, as relações familiares estão enfraquecidas, facilitando a aproximação entre os jovens e o crime. Portanto, este problema é consequência da falta de estrutura no país e nas famílias e, para que seja revertido é preciso a criação de um programa entre os Ministérios da Educação e Saúde e ONGs, com o apoio do governo, para o auxílio de pais, com filhos que já estão inseridos no crime ou considerados de risco, por uma equipe qualificada com psicólogos, assistentes sociais e professores, promovendo palestras e acompanhamento domiciliar, de forma a amparar tanto o menor como sua famíliar neste processo tão difícil e que requer atenção imediata para que não piore.