Atualmente, no Brasil, existem cerca de 192 mil jovens e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas como punição para crimes. É um número enorme e que vem crescendo ao longo dos anos. Mas quais serão os motivos para a criminalidade juvenil? Crimes como furto e roubo, praticados por jovens estão muitas vezes ligados ao uso de drogas e à desigualdade social. O contato constante com o tráfico dentro das favelas, onde residem a grande maioria dos jovens de classe baixa principalmente nas grandes cidades brasileiras, levam os adolescentes a conhecerem as drogas e os atos são realizados na tentativa de conseguirem recursos que financiem a compra dos entorpecentes. Além disso, os próprios jovens acabam entrando para o tráfico por influência dos mais velhos que os “adotam” e utilizam como ferramenta de convencimento a ostentação de uma vida luxuosa desconhecida pelos menores. Outro fator importante é a desestruturação das famílias, independentemente do nível social. Pais ou responsáveis ausentes ou distantes na vida e participação na educação dos jovens contribuem para um déficit na formação do caráter. Além disso, a falta de punição para os menores infratores auxilia na crença de que são inalcançáveis. Segundo o Código Penal Brasileiro, jovens entre 12 e 18 anos são considerados inimputáveis, mas estão sujeitos às determinações do Estatuto da Criança e do Adolescente que prevê medidas socioeducativas como punição para crimes e tais medidas devem ser determinadas por delegacias especiais e cumpridas em locais específicos. Entretanto, na maioria das cidades brasileiras o número dessas instituições existentes é insuficiente e em muitas inexistente. Portanto, para diminuição das estatísticas iniciais, são necessárias ações em todos os âmbitos da sociedade. Cabe a todos os níveis de governo, projetos de combate ao tráfico e às drogas, através de campanhas públicas e ações policiais. Além disso é necessária atenção especial à Educação, com investimentos nas escolas e em projetos de inserção social. No âmbito da sociedade, cabe às famílias responsabilidade para com os jovens que são o futuro do país.