É corriqueiro deparar-se com atos criminosos envolvendo menores, em sua maioria, adolescentes. Fato é que estes, devido a cobertura jurídica que possuem com o Estatuto da Criança e do Adolescente, não podem ser penalmente julgados e isso alimenta o uso de sua força em crimes hediondos, como tráfico de drogas e homicídio. Parte da população defende que punindo jovens infratores, haverá uma redução em suas participações no crime, entretanto, essa pode não ser a solução adequada. Em sua grande maioria, estes menores participantes do crime têm uma infância conturbada, sendo que alguns largam seus estudos para participar diretamente na renda familiar, trazendo algum montante para contribuir no pagamento das despesas da casa. Vendo que esse montante não é suficiente, estes se veem forçados a procurar uma forma de angariar mais dinheiro e, assim, as oportunidades no ramo do crime aparecem como uma certeza de vida mais estável. Com isso, as facções aproveitam para atrair o reforço juvenil para suas atividades, fazendo com que se afastem da educação, do futuro digno e seguro e da vida em sociedade como um todo. Ao entrar para o mundo da criminalização, o pequeno infrator vê seu futuro se tornar incerto, visto os riscos que este corre em suas ações criminosas. Torna-se perigoso para a sociedade e para si mesmo, sendo que esse não pode contrariar as ordens a ele determinadas pelos seus mandantes no crime. Isso faz com que sua visão de vida seja limitada, não almejando quaisquer objetivos futuros, além de tornar-se mal visto perante a população e passível de ódio da mesma que julga-o por não procurar maneiras honestas de sobreviver. Todavia, se não lhe é dada essa oportunidade, não há como este a tê-la. Por isso, os infratores mirins não devem ser alvejados e sim educados. O incentivo a boa alfabetização escolar e instrução acadêmica, aliada a fiscalização do trabalho juvenil, fará surgir excelentes oportunidades em suas vidas. Isso reduzirá a suas participações em crimes, ajudará a construir uma sociedade mais civilizada e diminuirá a força do crime, sendo assim, possível combatê-la.